Por Douglas Ferreira
A comunidade de Pedro II, localizada no Norte do Estado do Piauí, ainda está abalada pela trágica morte em consequência de afogamento do juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, titular da 2ª Vara da Comarca do município. Diego Almeida sucumbiu às forças de uma corrente de retorno enquanto nadava na praia de Pitimbu, no litoral Sul da Paraíba.
Embora experiente nadador e frequentador assíduo das praias, o juiz foi arrastado pela correnteza, sendo resgatado pelas equipes de salva-vidas e posteriormente levado para um hospital em João Pessoa na tarde da terça-feira. Infelizmente, ele não resistiu e veio a óbito na manhã desta quarta-feira, dia 14.
Mas o que de fato levou à morte do juiz Diego Almeida? O que é essa corrente de retorno e como devemos agir diante desse fenômeno natural? É comum que essa correnteza fatal cause a morte de banhistas? Com que frequência isso ocorre?
A morte do juiz Diego Ricardo Almeida, despertou questionamentos sobre esse fenômeno natural, que, embora comum, ainda é pouco compreendido, sobretudo, para quem mora no sertão. Segundo a tenente-coronel Najra Nunes, Relações Públicas do Corpo de Bombeiros, as ondas formam um canal que arrasta o banhista com grande intensidade.
“Essa correnteza ocorre em locais aparentemente calmos, onde não se percebem ondas. A corrente de retorno é formada pelas águas das ondas que retornam por baixo. Assim, mesmo parecendo tranquilo, há uma correnteza forte agindo ali. Quando uma pessoa é arrastada para esse canal, fica difícil nadar contra a correnteza. Isso causa desespero e pânico, levando à exaustão ao tentar nadar contra a corrente. Geralmente, a vítima acaba ingerindo água e submergindo”, explica a militar.
Para escapar da corrente de retorno, é crucial manter a calma e tentar flutuar. Najra Nunes sugere que a pessoa nessas circunstâncias mantenha a serenidade, respire tranquilamente para fluturar. A tenente-coronel lembra que, “os pulmões funcionam como uma boia natural dentro do corpo. A correnteza provavelmente levará a pessoa lateralmente e as ondas tendem a trazê-la de volta à margem”.
Outras orientações importantes incluem verificar se a área é segura para banho e observar a profundidade da água. Para adultos, a altura da água não deve ultrapassar o quadril; já para crianças, a medida segura é que a água não ultrapasse os joelhos.