A sucessão municipal teresinense em 2024 apresentará um quadro inusitado e diferente. O cenário mais provável que se desenha mostra uma paisagem com três grupos políticos e sem nenhum grande favorito. No primeiro bloco político, situa-se o governismo com altos índices de desaprovação e sem coordenação política que indique uma alteração na rota da gestão dotando-a duma eficiência com capacidade para reverter as consequências administrativas implementadas.

O governo municipal exibe imobilismo e destoa das preferências dos eleitores como indicam as pesquisas de sondagem de opinião sobre a máquina pública teresinense. Isto é, o situacionismo, inusitadamente, não parece ser o polo atrativo da competição eleitoral em 2024.

No segundo bloco, que geriu Teresina por mais de 3 (três) décadas, o propósito é criar um realinhamento dalguns atores políticos em seu núcleo estruturante uma vez mais. Objetiva montar com antecedência uma estratégia mostrando um perfil de eficiência durante suas gestões para estabelecer uma comparação política entre o presente e passado. Em suma, para tal grupo partidário o cálculo é: Teresina precisa retornar ao seu eixo de eficiência e dinâmica administrativa.

No terceiro bloco, vinculado ao governo estadual, a meta é conquistar à prefeitura de Teresina pela primeira vez na história. Há duas pré-candidaturas postas. As divergências próprias em qualquer processo eleitoral constituem-se num entrave para definição do nome mais competitivo ao pleito. Porém, a leitura correta do cenário e circunstâncias deve ser feita com bastante precisão para se viabilizar o nome com maior credibilidade eleitoral e política. O entendimento apropriado do contexto político deverá conduzir à candidatura mais viável ao cargo de prefeito da capital em 2024. A articulação entre as instituições pode ser o trunfo fundamental deste bloco partidário.

Artigo de Opinião: Cleber de Deus – Pós-Doutor em Ciência Política e Consultor Político