Conheça a notável trajetória do inventor Reginaldo Marinho, criador de uma inovadora cobertura para ginásios esportivos e galpões. No entanto, como muitos inventores brasileiros, ele enfrenta desafios para ter seu invento reconhecido. Mesmo após 26 anos da criação do “construcel”, Marinho continua lutando pelo merecido reconhecimento.
Natural de Sapé, cidade paraibana, Reginaldo sempre demonstrou interesse em criar desde a infância, destacando-se em inventividade. Aos 17 anos, ingressou na faculdade de engenharia da UFPB, mas logo abandonou devido à monotonia acadêmica. Mudou-se para Brasília, onde, após uma breve passagem pela engenharia, optou por trancar o curso de arquitetura na UnB, insatisfeito com a falta de criatividade acadêmica.
Há 22 anos, Reginaldo enfrentou dificuldades para promover seu mais recente invento, o “construcel”, uma manifestação da matemática aplicada na engenharia por meio da Geometria Descritiva. Esse sistema construtivo pode ser usado em diversas estruturas, como ginásios, hangares e estádios. Além de tornar as construções menos onerosas, o “construcel” contribui para a sustentabilidade, retirando plástico PET do meio ambiente.
Apesar do reconhecimento internacional em lugares como Genebra e Londres, o “construcel” não recebeu a devida valorização no Brasil. Marinho acredita que o país não valoriza seus artistas e gênios, atribuindo isso à inveja e à falta de preparo para o sucesso.
Vinte anos depois, Reginaldo continua sua jornada, viajando pelo mundo para divulgar seu invento. No entanto, o reconhecimento desejado parece distante, e Marinho critica a falta de apoio e o desprezo dos governantes brasileiros pelos inventores locais.
O “construcel” propõe substituir metal e concreto por plástico, oferecendo uma alternativa econômica e sustentável na construção civil. Apesar das tentativas de destacar a importância de sua invenção, Reginaldo enfrenta obstáculos e desprezo, impactando a aplicação prática do “construcel” no cenário brasileiro.
Reginaldo, agora com 74 anos, se diz desacreditado do país e desestimulado a inventar. No entanto, ele revela um novo projeto chamado Parque Brasil, que inclui um Museu de Ciência e Tecnologia e uma Central de Tecnologias Nacionais. Este projeto, idealizado para a zona rural de Valparaíso, em Goiás, representa um novo desafio e uma tentativa de mudar o cenário atual. Mesmo diante das dificuldades, Reginaldo está disposto a lutar por seu projeto, mostrando uma determinação incansável em contribuir para o desenvolvimento tecnológico e sustentável do Brasil.
Redação Move Notícias com informações do Jornal Opção