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Publicado em: 12 janeiro 2024 às 11:12 | Atualizado em: 12 janeiro 2024 às 11:26

Nomeação de Lewandowski para Ministério da Justiça gera controvérsias e críticas de ex-ministro do STF

Por Douglas Ferreira

A nomeação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça está causando desconforto não apenas entre os opositores do governo de Lula da Silva. Uma crítica ácida e contundente veio de um ex-membro da Suprema Corte, o ex-ministro Marco Aurélio Melo. Para ele, a presença de Lewandowski na pasta representa um “Brasil desarrumado”. Mas por que essa afirmação? O que significa, afinal, um Brasil desarrumado?

Entenda: “É o Brasil desarrumado”, afirma Marco Aurélio sobre a ida de Lewandowski para o Ministério.

Ao comentar a entrada do ex-colega Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, expressou a opinião de que o Brasil está atualmente em um estado “desarrumado”.

“O caminho deveria ser inverso – do Ministério da Justiça para o Supremo. Um ministro aposentado tornar-se auxiliar do presidente da República, sujeito a demissão a qualquer momento? Isso não faz sentido para mim. Mas, paciência, é o Brasil ‘desarrumado'”, declarou Marco Aurélio, nesta quinta-feira, 11.

O anúncio do novo ministro da Justiça e Segurança Pública foi feito na manhã de quinta-feira (11) pelo presidente Lula da Silva, ao lado do atual ministro da pasta, Flávio Dino, de seu sucessor, Ricardo Lewandowski, e da primeira-dama, Janja.

Dino está deixando a pasta para assumir uma cadeira no STF. Enquanto isso, Lewandowski, cujo nome vinha sendo cotado para o Ministério da Justiça desde a indicação de Dino para o Supremo, possui um histórico extenso de decisões favoráveis a Lula durante sua atuação na Corte.

Segundo Lula, Lewandowski assumirá a pasta em 1º de fevereiro, enquanto Dino ocupará a vaga no STF em 22 do mesmo mês. Lewandowski já havia sido indicado para o Supremo por Lula durante seu primeiro mandato, em 2006.

Logo após o anúncio de Lula, parlamentares da oposição criticaram a “parceria política” entre o governo petista e o STF, enquanto aliados do presidente comemoraram a escolha do novo ministro. O atual titular da pasta, o ministro Flávio Dino, afirmou estar “feliz em ser sucedido por Lewandowski”.