Por Wagner Albuquerque
O internato Eton College, frequentado pela elite do Reino Unido, instituiu uma nova regra: nada de smartphones. Estudantes do primeiro ano deverão deixar seus aparelhos modernos em casa e levar apenas o chip, que será colocado em um celular básico da Nokia, sem acesso à internet.
A instituição não especificou qual modelo será entregue aos alunos, mas a HMD Global, que relançou vários aparelhos da marca finlandesa, oferece opções como o 8210, o 105 e o 110, com recursos clássicos, como jogo da cobrinha e lanterna. A medida vale para os alunos de 13 anos, que até o ano passado precisavam entregar os smartphones durante a noite. Um porta-voz do Eton College afirmou que estudantes de outras séries continuarão com controles apropriados a suas idades.
As novas normas entrarão em vigor em setembro, quando as aulas recomeçam. O governo do Reino Unido publicou diretrizes permitindo que as escolas proíbam completamente os smartphones, com a intenção de minimizar distrações e melhorar o comportamento em sala de aula. Apesar de banir os smartphones, o colégio fornecerá iPads aos alunos para ajudar nos estudos.
Fundado em 1440, o Eton College cobra mais de R$ 300 mil por ano e tem entre seus ex-alunos famosos os príncipes William e Harry, os escritores George Orwell e Ian Fleming, os ex-primeiros-ministros Boris Johnson e David Cameron, e o ator Tom Hiddleston. A proibição de smartphones nas escolas está se tornando uma tendência global, com países como França, Estados Unidos e Brasil adotando medidas semelhantes para melhorar a aprendizagem e o comportamento dos alunos.