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Publicado em: 11 julho 2024 às 17:53 | Atualizado em: 11 julho 2024 às 18:04

No Reino Unido, escola de elite exige que alunos usem Nokia “tijolão”

Por Wagner Albuquerque

Eton College tem mais de cinco séculos e recebe estudantes entre 13 e 18 anos (Imagem: Kazimierz Mendlik / Wikimedia Commons).

O internato Eton College, frequentado pela elite do Reino Unido, instituiu uma nova regra: nada de smartphones. Estudantes do primeiro ano deverão deixar seus aparelhos modernos em casa e levar apenas o chip, que será colocado em um celular básico da Nokia, sem acesso à internet.

A instituição não especificou qual modelo será entregue aos alunos, mas a HMD Global, que relançou vários aparelhos da marca finlandesa, oferece opções como o 8210, o 105 e o 110, com recursos clássicos, como jogo da cobrinha e lanterna. A medida vale para os alunos de 13 anos, que até o ano passado precisavam entregar os smartphones durante a noite. Um porta-voz do Eton College afirmou que estudantes de outras séries continuarão com controles apropriados a suas idades.

Nokia 8210 4G é um “tijolão” ‘moderno’. (Imagem: Divulgação / HMD Global)

As novas normas entrarão em vigor em setembro, quando as aulas recomeçam. O governo do Reino Unido publicou diretrizes permitindo que as escolas proíbam completamente os smartphones, com a intenção de minimizar distrações e melhorar o comportamento em sala de aula. Apesar de banir os smartphones, o colégio fornecerá iPads aos alunos para ajudar nos estudos.

Fundado em 1440, o Eton College cobra mais de R$ 300 mil por ano e tem entre seus ex-alunos famosos os príncipes William e Harry, os escritores George Orwell e Ian Fleming, os ex-primeiros-ministros Boris Johnson e David Cameron, e o ator Tom Hiddleston. A proibição de smartphones nas escolas está se tornando uma tendência global, com países como França, Estados Unidos e Brasil adotando medidas semelhantes para melhorar a aprendizagem e o comportamento dos alunos.