Por Douglas Ferreira
O presidente Lula da Silva causou polêmica ao comparar o governo de Israel a Adolf Hitler durante uma entrevista na Etiópia. Suas declarações geraram indignação em diversos governos democráticos do ocidente, especialmente em Israel. Tanto o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quanto organizações judaicas, como a Confederação Israelita do Brasil, criticaram veementemente as palavras de Lula. Netanyahu afirmou que Lula “cruzou a linha vermelha”.
Após Lula comparar os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao massacre de judeus na Alemanha nazista, Netanyahu anunciou que irá convocar o embaixador brasileiro em Israel para uma repreensão. A fala de Lula foi mal recebida tanto entre a comunidade judaica quanto entre as autoridades israelenses, que acusaram o presidente brasileiro de banalizar o Holocausto e prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender.
Netanyahu prosseguiu: “Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até a vitória completa, e faz isso ao mesmo tempo que defende o direito internacional”.
A Confederação Israelita do Brasil também repudiou as declarações de Lula, criticando a postura do governo brasileiro em relação ao conflito no Oriente Médio e ressaltando as diferenças entre o Holocausto e a defesa de Israel contra grupos terroristas.
“Os nazistas exterminaram seis milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de Fundação a eliminação do Estado Judeu”, diz a nota.