A pesquisa realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, organização de apoio ao empreendedorismo feminino, indica um abismo no cenário tecnológico do Brasil. Segundo o estudo, conduzido com cerca de 3.500 empreendedoras, apenas 2% delas possuem negócios no setor de tecnologia em 2023. Para fins de comparação, esse percentual é três vezes superior no caso dos homens.
Apesar do estudo não se focar em tecnologia, esse número já antecipa a disparidade do número de mulheres e homens no ecossistema de inovação e startups.
O que é o ecossistema de inovação e startups?
Resumidamente, este ecossistema é formado por empreendimentos com modelos de negócios inovadores e escaláveis, as “startups”. Normalmente, a tecnologia é usada como um meio para escalar as vendas rápido e que reduz o custo operacional à medida que as vendas se acumulam.
O Vale do Silício, uma região da baía de São Francisco nos Estados Unidos, foi um berço para muitas startups que usufruíram do conhecimento acumulado pelos profissionais e empresas na produção de circuitos eletrônicos, na eletrônica e informática.
E por esse motivo, diversos termos em inglês se popularizaram no mundo. Os “founders”, como são chamados os fundadores das startups, recebem apoio de aceleradoras, investidores-anjo e fundos para alavancarem seus negócios.
Qual a representatividade das mulheres nas startups brasileiras?
Menos maduro que o ecossistema americano, o ecossistema de inovação e startups do Brasil atraiu atenção por negócios como Nubank, QuintoAndar, 99 e iFood. Segundo a Abstartups, em 2020, das startups mapeadas, 27% não possuíam mulheres no time. Em média, as mulheres representaram 15% desse ecossistema e quando falamos de fundadoras, apenas 12%.
Fonte: Site Exame