Por Douglas Ferreira
A notícia do falecimento do russo Alexei Navalny despertou a atenção do ocidente nesta sexta-feira, 16, quando ele veio a óbito numa prisão na Sibéria. Navalny, um ativista russo de 47 anos, era o principal líder da oposição ao governo de Vladimir Putin.
Segundo informações do Serviço Penitenciário Federal da Rússia (FSIN), Navalny faleceu após desmaiar e perder a consciência durante uma caminhada na prisão de segurança máxima de Kharp, na Sibéria.
A mãe do ativista, Lyudmila Navalnaya, relatou ao jornal russo Novaya Gazeta que seu filho aparentava estar “vivo, saudável e feliz”. Isso, em 12 de fevereiro, data em que tiveram o último contato.
Navalny, conhecido por satirizar a elite em torno de Putin e por suas acusações de corrupção contra o governo russo, estava desaparecido desde 6 de dezembro de 2023. Durante sua pena de prisão, enfrentou diversas dificuldades, incluindo punições severas e arbitrárias, como ficar em celas de castigo por mais de 300 dias desde agosto de 2022, por motivos muitas vezes insignificantes.
Apesar da preocupação internacional com seu bem-estar, as autoridades russas foram responsáveis por sua custódia e, segundo relatos, Navalny quase nunca foi libertado da cela de punição, sofrendo punições severas, injustificadas e sendo impedido de receber assistência médica adequada.
Seu tratamento na prisão gerou indignação, com médicos russos chegando a enviar uma carta aberta a Putin pedindo o fim dos abusos contra o prisioneiro. A morte de Navalny suscita questões sobre as circunstâncias de seu falecimento e levanta a demanda por respostas do governo russo por parte da comunidade internacional.