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Publicado em: 11 outubro 2023 às 18:53 | Atualizado em: 13 outubro 2023 às 09:50

Mohammed Deif comandante do Hamas arquitetou o massacre de 1.200 israelenses e a tomada de 150 reféns

Hamas controla território com mais de 2 milhões de palestinos – Foto: Reprodução

Mohammed Deif, o comandante do braço militar do Hamas, é notório por sua aversão à exposição pública e ao uso de comunicação que possa revelar sua localização. Essa discrição ajudou-o a sobreviver a inúmeras tentativas de assassinato por parte de Israel, conquistando a alcunha de “o gato de nove vidas”.

Deif é o líder das Brigadas al-Qassam e ocupa o segundo posto na hierarquia do Hamas na Faixa de Gaza. Embora ele prefira viver nas sombras, seu papel como arquiteto militar foi fundamental na orquestração do massacre de mais de 1.200 mortos, que abalou os fundamentos do governo israelense e de seus serviços de inteligência desde o último sábado.

A voz de Deif conclamou os terroristas que se infiltraram em território israelense, bem como os palestinos que vivem na Cisjordânia em Jerusalém Oriental, a agirem com violência: “Este é o seu dia para fazer o inimigo compreender que o seu tempo terminou”.

Pouquíssimas imagens de Deif são conhecidas, sendo a mais difundida uma foto desbotada de sua prisão em Israel, em 1989, quando permaneceu detido por 16 meses. Suas experiências incluem graves ferimentos, não o impedindo de retornar ao comando. Deif se movimenta em uma cadeira de rodas, perdeu um olho, um braço e uma perna, de acordo com autoridades israelenses.

A busca incessante por Deif se justifica pelos inúmeros atentados terroristas mortíferos cometidos em Israel e que lhe são atribuídos. Nas décadas de 1990, ele fabricou foguetes lançados de Gaza e, posteriormente, recrutou homens-bomba para realizar ataques em cidades israelenses.

Deif lidera os seis batalhões das Brigadas al-Qassam, com pelotões dispersos por toda a Faixa de Gaza. Ele também desempenhou um papel-chave na construção de túneis que facilitam o transporte de mercadorias e armamentos para o território palestino e no treinamento militar de guerrilheiros, com apoio do Irã e da Síria.

Seu paradeiro permanece desconhecido, mas por motivos de segurança, ele muda diariamente de local de esconderijo. Além disso, Deif enfrentou perdas pessoais, incluindo a morte de sua esposa Wadad al-Asfour, de seu filho de sete meses e de sua filha de 3 anos em um ataque israelense a seu edifício em Gaza, em 2014.

Durante o funeral de sua família, seu sogro revelou ter visto Deif apenas uma vez, quando ele pediu a mão de Wadad em casamento, sete anos antes. Apenas um círculo extremamente restrito de líderes do Hamas tem acesso a Deif, contribuindo para manter o mistério em torno de sua figura solitária.

Redação Move Notícias