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Publicado em: 17 novembro 2023 às 18:27 | Atualizado em: 17 novembro 2023 às 18:55

Ministério Público do Amazonas pede expulsão da 'Dama do Tráfico' de Comitê de Combate à Tortura

O Ministério Público do Estado do Amazonas decidiu agir e requereu de ofício a expulsão de Luciane Barbosa Farias, conhecida como a ‘Dama do Tráfico Amazonense’ e esposa de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas, do Comitê Estadual para Prevenção e Combate à Tortura. O pedido é baseado no histórico criminal de Luciane.

A advogada foi condenada por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa, bem como possui vínculo matrimonial com uma das principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho, no Estado. O MP argumenta que sua permanência no Comitê é uma afronta aos princípios da moralidade e probidade administrativa.

Além disso, foi solicitado um controle rigoroso para escolha dos representantes da sociedade civil no Comitê Estadual para Prevenção e Combate à Tortura. O Ministério dos Direitos Humanos custeou as viagens da ‘Dama do Tráfico’ a Brasília, onde visitou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, resultando em uma investigação do Tribunal de Contas da União – TCU sobre o ocorrido.

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU Lucas Rocha Furtado pediu à Corte que investigue as duas visitas de Luciane Barbosa Farias ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Furtado diz na representação, protocolada na última terça-feira (14), que o comportamento das autoridades da pasta é “no mínimo negligente”. “Cumpre reclamar ao TCU que se manifeste acerca das possíveis condutas praticadas por autoridades do Ministério da Justiça atentatórias à moralidade administrativa e à confiança depositada pela sociedade em suas instituições […], de modo a promover a completa elucidação dos fatos e a preservar a reputação e o respeito devidos a essa instituição”, afirma.

“A sociedade não aceita mais, por parte das autoridades, condutas imorais e suspeitas, sobretudo quando é pública e notória a precariedade dos serviços que lhe são oferecidos, especialmente os que concernem à segurança pública”, diz o membro do Ministério Público.

Ele solicita a “adoção das medidas necessárias a investigar possíveis condutas atentatórias à moralidade administrativa e em eventual desvio de finalidade no uso das dependências do Ministério da Justiça”.

Redação do Move Notícias