Por Douglas Ferreira com informações InfoMoney
O mercado de investimentos está otimista para o ano de 2024, impulsionado por mudanças regulatórias e a previsão de queda nos juros. A publicação do marco regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para assessores de investimentos foi um ponto de destaque, sendo bem recebida pelo setor. A flexibilização das regras, como o fim da exclusividade com corretoras e a permissão para diferentes arranjos de sociedade, gerou movimentações no mercado, como a desistência de escritórios em se tornarem corretoras e a entrada de sócios-capitalistas em assessorias.
O otimismo é alimentado pela expectativa de um aumento na atividade profissional, impulsionado pela queda dos juros em 2024. A perspectiva é que os investidores, em busca de maior rentabilidade, voltem a diversificar seus portfólios, o que pode beneficiar os assessores de investimentos. A transparência na remuneração é um ponto a ser observado, mas é vista como algo saudável e fortalecedor para a indústria independente.
Após um período mais conservador em 2023, marcado por eventos globais e locais, como a variante Ômicron da COVID-19, a guerra na Ucrânia e as eleições presidenciais no Brasil, a queda de juros prevista para 2024 pode impulsionar a retomada da confiança dos investidores. A expectativa é que o assessor de investimentos desempenhe um papel crucial ao orientar os clientes nesse ambiente de maior movimentação e busca por riscos.
A XP Inc. e outras empresas estão investindo em formação e contratação de assessores, preparando-se para um possível aumento na demanda em 2024. A Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord) destaca um crescimento constante no número de assessores credenciados, indicando uma tendência positiva para o setor. O cenário aponta para uma retomada nas contratações e mais investimentos em capacitação ao longo do próximo ano.