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Publicado em: 26 março 2024 às 07:38 | Atualizado em: 26 março 2024 às 15:58

Mapa reconhece Piauí como zona livre de febre aftosa sem vacinação: vantagem para o criador piauiense

Por Douglas Ferreira

Agora o Piauí poderá abrir suas portas para o mercado internacional – Foto: Reprodução

O Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, anunciou uma medida histórica para o Estado do Piauí: o reconhecimento nacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A Portaria de Nº 665, de 21 de março de 2024, estende esse reconhecimento a outros Estados, marcando um avanço significativo na sanidade animal do país. A decisão, que entra em vigor a partir do dia 2 de maio de 2024, traz uma série de benefícios para os criadores piauienses.

O secretário estadual da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária, Fábio Abreu, ressalta que essa conquista é fruto do trabalho conjunto da gestão da Sada e Adapi. Ele destaca que, “como parte das medidas decorrentes desse reconhecimento, será realizada a última campanha de vacinação em abril, seguida pela instalação de barreiras sanitárias e pela proibição do armazenamento e comercialização da vacina, entre outras ações”.

Uma das determinações da portaria é a proibição do ingresso no território piauiense de bovinos e bubalinos provenientes de estados que ainda realizarão a vacinação, como Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte. Essa restrição, com exceção dos animais destinados ao abate imediato, fortalece a segurança sanitária do estado.

Idílio Moura, gerente de Defesa Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), destaca a importância desse marco para o setor produtivo, enfatizando que “o Piauí poderá abrir suas portas para o mercado internacional”. Ele ressalta que, para garantir a segurança da medida, “será necessária a identificação individual dos animais e a comprovação da sorologia negativa para febre aftosa”.

Antes da entrada em vigor da portaria, o Piauí realizará sua última campanha de vacinação contra a febre aftosa, programada para ocorrer de 01 a 30 de abril. A meta é imunizar totalmente o rebanho, composto por cerca de 2 milhões de animais. Moura destaca a importância do engajamento dos produtores para alcançar essa meta dentro do prazo estabelecido, uma vez que, após 30 de abril, não será mais permitida a imunização contra a doença.