por Douglas Ferreira
O presidente Lula da Silva tentou se justificar para ministros em uma reunião logo após sua chegada ao Brasil, ocorrida nesta segunda-feira, 19. Durante o encontro no Palácio da Alvorada, Lula teria explicado aos ministros e assessores por que comparou a morte de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista promovido por Adolf Hitler.
Ele teria afirmado aos auxiliares que essa declaração controversa faz parte de sua estratégia para conter o que considera ser uma violência excessiva de Israel contra os civis palestinos.
Além disso, Lula expressou a crença de que sua fala abrirá espaço para que chefes de Estado de outros países também condenem o governo israelense nos próximos dias. No entanto, talvez apenas presidentes de países latino-americanos alinhados à narrativa da esquerda adotem essa postura. É possível, uma vez que as grandes nações do Ocidente e até mesmo o Japão consideram o Hamas uma organização criminosa e terrorista.
Enquanto isso, nesta segunda-feira, 19, Israel lançou mais uma ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, mesmo com a pressão internacional para um cessar-fogo. O primeiro-ministro Benjamin “Bibi” Netanyahu reagiu com firmeza, considerando Lula “persona non grata”, o que significa que ele só poderá entrar no país caso retire as agressões ao povo judeu. Essa atitude de Netanyahu foi algo inesperado para o governo brasileiro. A relação entre os dois países está cada vez mais tensa, e especialistas alertam que as consequências das ações de Lula são imprevisíveis.
No Congresso Nacional, a reação contra as declarações de Lula foi imediata, com deputados e senadores manifestando publicamente sua condenação nas mídias tradicionais e nas redes sociais. A deputada Carla Zambelli já iniciou um processo de impeachment contra Lula, tendo obtido mais de 90 assinaturas até o momento.
Tudo indica que a “estratégia” de Lula para pressionar Netanyahu pode não apenas falhar em seus objetivos, mas também resultar em consequências inesperadas para ele e seu governo. Parece que foi um ‘tiro no pé’ ou um ‘tiro que saiu pela culatra’. Isso porque sua ação está levando a um desgaste considerável, especialmente enquanto a oposição, juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro, se articula para um grande ato público em defesa da democracia no próximo dia 25.