O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou a decisão de cancelar seus compromissos oficiais marcados para esta quarta-feira (26) a fim de realizar uma nova infiltração no quadril. A medida tem como objetivo aliviar as intensas dores que tem sentido na região, resultado de um quadro de artrose que afeta a articulação entre o osso do fêmur da perna direita e a bacia, na região do quadril. O procedimento de infiltração é indicado para amenizar o desconforto nessa área.

O presidente, que tem 77 anos de idade, passou pelo mesmo procedimento no último domingo (23) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele continuará o tratamento em Brasília. Sob os cuidados do médico Roberto Kalil, Lula pretende se recuperar ao longo do dia, no Palácio da Alvorada.

A decisão de realizar a cirurgia em outubro foi mencionada durante a live semanal “Conversa com o Presidente” nesta terça-feira (25). Lula relatou que a infiltração realizada no domingo trouxe algum alívio, mas as dores retornaram com mais intensidade no dia seguinte. Diante disso, ele optou por agendar a cirurgia para resolver de vez o problema.

O presidente sancionaria hoje, a lei que instituiu a Educação em tempo integral, mas essa assinatura precisou ser adiada para a próxima segunda-feira (31). Apesar disso, Lula afirmou que a data escolhida para a cirurgia em outubro, permite que ele participe de importantes encontros internacionais, como a reunião dos presidentes dos Brics (grupo de países que engloba, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

e do G20.

As dores têm afetado o humor do presidente, o que se tornou perceptível em muitos momentos. Ele ressaltou que não quer mais conviver com a dor constante, pois isso o impede de trabalhar adequadamente e afeta sua interação com os colegas. A realização da cirurgia é vista como uma forma de melhorar sua qualidade de vida e retomar sua rotina de trabalho sem as limitações impostas pelas dores intensas. Lula relatou que os médicos informaram que o procedimento deve durar cerca de 2h30 e que, após 3 horas, ele já poderá dar alguns passos com a ajuda de um andador.

“Eu quero fazer a cirurgia porque não quero ficar sentindo dor. Ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro. Tem dia que eu estou com mau-humor com meus companheiros. Chego de manhã para trabalhar, ponho o pé no chão e já dói. E eu tenho que falar ‘bom dia’ sorrindo e eu não consigo falar. Às vezes, fica visível no meu rosto que estou irritado, que estou nervoso. E aí vai ficando uma pessoa incomoda, chata, que ninguém quer mais falar ‘bom dia’ com você, com medo de tomar um esporro. Estou chegando à conclusão que tenho que operar”, disse Lula.

O presidente também vem contando com um profissional de fisioterapia em todas as viagens que realiza, para poder realizar exercícios de alívio da dor e manter sua atividade física. A expectativa é de que a cirurgia traga alívio e bem-estar ao presidente, permitindo que ele retome suas funções com mais conforto e disposição.

Redação Move Notícias