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Publicado em: 21 agosto 2023 às 19:31 | Atualizado em: 22 agosto 2023 às 09:41

Lira defende reforma administrativa e indica que governo precisará discutir corte de despesas

Lira entende que governo não pode aumentar imposto e deve reduzir gastos – Foto: Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), afirmou nesta segunda-feira (21) que o governo federal terá que debater como reduzir os gastos após a aprovação da reforma tributária. “Se não podemos aumentar os impostos, precisamos cortar as despesas”, declarou.

Lira também revelou que uma proposta de Emenda Constitucional – PEC, para a reforma administrativa passou por comissões, está pronta para ser analisada no plenário e conta com “apoio interno e externo” para ser incluída na agenda.


“Não pretendo pressionar ninguém, mas temos que discutir as despesas. Se não podemos elevar os impostos, precisamos reduzir as despesas. A Câmara possui uma PEC para a reforma administrativa aprovada na Comissão Especial, e necessitamos de amplo apoio, tanto interno quanto externo. O governo terá que se envolver nesse assunto em algum momento, para que não venhamos a interferir nos direitos adquiridos de ninguém, mas sim planejar um futuro em que as despesas estejam sob controle”, afirmou Arthur Lira.


Essa declaração ocorreu durante um evento que abordou a reforma tributária, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp, na sede da entidade em São Paulo.

A proposta de reforma administrativa foi enviada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL/RJ) ao Congresso em setembro de 2020 e busca alterar as regras para os futuros servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e dos municípios. A reforma é uma demanda de parte da classe política e de setores produtivos, que esperam que a PEC seja votada após a análise da reforma tributária.

Até o momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não deram indícios de que irão priorizar esse tema. A avaliação é que a agenda do segundo semestre do ano já está suficientemente cheia.

Além disso, há outros temas de interesse do governo que podem contribuir para o aumento da arrecadação da União, como a taxação dos “super-ricos” e a discussão da medida provisória que prevê a tributação de rendimentos obtidos no exterior (offshore).

Redação Move Notícias com informações do r7