Por Douglas Ferreira
Até o momento, os mais de 500 agentes das forças de segurança do Rio Grande do Norte, juntamente com a Polícia Federal, e também reforço de outros Estados, inclusive, do Piauí, não conseguiram localizar, nem capturar os dois narcotraficantes que conseguiram fugir de uma prisão de segurança máxima em Mossoró sem serem detectados pelos agentes de plantão. A direção do presídio federal foi afastada logo no dia seguinte à fuga e, nesta terça-feira, 20, o Ministério da Justiça determinou o afastamento dos responsáveis pelo setor de inteligência em Mossoró.
A medida do Ministério envolveu o afastamento cautelar dos responsáveis pelas divisões de Inteligência, Segurança e Administrativa da penitenciária. Até o momento, ninguém consegue entender as circunstâncias e as facilidades com que esses dois membros do Comando Vermelho do Acre conseguiram, mesmo isolados em celas e alas distintas, fugir juntos. Questões sobre por que os agentes de plantão não perceberam nada, por que as câmeras não registraram a fuga, como eles conseguiram sair das celas e atravessar pelo menos oito postos de controle, e por que os sentinelas nas quatro torres externas não notaram nada permanecem sem respostas.
Enquanto isso, o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as Forças Armadas estão mobilizados dia e noite na busca pelos fugitivos, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson “Tatu” Cabral Nascimento, de 33 anos, que continuam foragidos desde a fuga da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) no dia 14 de fevereiro, a quarta-feira de cinzas.
A suspeita sobre a fuga recai sobre a possibilidade de os fugitivos terem utilizado materiais da obra de um muro na unidade prisional, juntamente com possíveis falhas nas câmeras de segurança. Em declaração à imprensa, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ressaltou que ainda não era possível afirmar conivência dentro da unidade prisional, porém todas as possibilidades estavam sendo investigadas. Já o presidente Lula não tem dúvidas da colaboração de alguém de dentro do presídio.
Nesse ínterim, em portaria divulgada nesta terça-feira, 20, o Ministério da Justiça determinou o afastamento dos servidores de duas funções, mantendo-os exercendo as atribuições do cargo de Agente Federal de Execução Penal até a conclusão dos procedimentos apuratórios correcionais.