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Publicado em: 16 fevereiro 2024 às 17:06 | Atualizado em: 16 fevereiro 2024 às 18:46

Julgamento na Alemanha é adiado após posts de juíza contra Bolsonaro; entenda

Por Wagner Albuquerque

Suspeito principal é Christian Brueckner. Criança a direita, Madeleine McCann. Foto: Reprodução

O julgamento do principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine McCann foi adiado por uma semana após começar nesta 6ª feira (16.fev.2024). Uma das juízas do caso foi afastada por, supostamente, ter postado mensagens nas redes sociais pedindo o assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No Judiciário da Alemanha, alguns casos são julgados em tribunais mistos, nos quais “juízes leigos” (cidadãos comuns, que ocupam os tribunais penais), trabalham lado a lado com os juízes para tomar a decisão.

O caso em questão, julgado em Brunsvique, na Alemanha, envolve o cidadão alemão Christian Brückner, acusado de abuso sexual contra mulheres e crianças em Portugal, não relacionados ao desaparecimento de Madeleine.

De acordo com informações do tabloide britânico Daily Mail, a defesa do acusado argumentou que a juíza leiga Britta Thielen-Donckel não possuía as qualificações necessárias para o cargo e solicitou sua exclusão do caso.

No início do julgamento, o advogado de defesa Sebastian Fuelscher apresentou postagens das redes sociais de Donckel, contendo declarações como “mate o idiota” e “mate o diabo”, referindo-se a Bolsonaro. Além disso, ela teria expressado o desejo de morte para outro homem, alegadamente envolvido em atos de tortura contra animais. Fuelscher argumentou que tais comentários tornavam a juíza inadequada para desempenhar seu papel no caso. O tribunal foi suspenso após apenas 9 minutos de sessão para analisar o pedido, resultando na remoção de Thielen-Donckel do painel.

O julgamento foi adiado até a próxima sexta-feira, 23 de fevereiro, enquanto as autoridades buscam um juiz substituto.

Caso Maleleine

Christian Brückner, de 44 anos, foi indiciado na Alemanha a pedido da Justiça portuguesa pelo desaparecimento de Madeleine McCann em 3 de maio de 2007, na Praia da Luz, Portugal. Na época, a polícia investigava se Brückner teria levado a criança para sua terra natal, a Alemanha. Reforçando as suspeitas, Brückner residiu intermitentemente no Algarve, de 1995 a 2007, em uma área muito próxima à Praia da Luz, onde Madeleine foi sequestrada.