Israel está se destacando no combate aos crimes financeiros. Aliás, servindo como um exemplo a ser observado pelo Brasil e por outros países. Um estudo apresentado em Londres enfatiza que nos últimos 20 anos, os crimes financeiros têm se tornado cada vez mais globalizados e sofisticados.
Nesse contexto, o combate eficaz a fraudes e atividades criminosas requer cooperação internacional entre governos, organizações internacionais e reguladores. Além disso, a transparência é fundamental nesse esforço para combater práticas ilegais, como lavagem de dinheiro, crimes fiscais e fraude de valores mobiliários, que frequentemente estão interligadas em esquemas complexos.
O Grupo de Ação Financeira – GAFI, destaca que Israel tem adotado com sucesso novas tecnologias de prevenção de fraudes e alcançado resultados notáveis na avaliação e compreensão dos riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Isso o torna um modelo a ser seguido por outros países que buscam expandir seus negócios enquanto reforçam o combate à fraude.
O mercado global de detecção e prevenção de fraudes é considerável, estimado em US$ 30,65 bilhões em 2022. Mas com previsão de crescimento para quase US$ 130 bilhões até 2029. Os fraudadores continuam a buscar novas oportunidades, aproveitando as novas tecnologias, e as empresas precisam tomar medidas para proteger seus negócios.
O Estado de Israel, situado estrategicamente entre a Europa, Ásia e África, enfrenta desafios significativos em relação a ataques cibernéticos e fraudes online. Muitos deles associados a organizações criminosas e grupos terroristas.
Como resultado, empresas israelenses têm inovado no uso de tecnologias como aprendizado de máquina (ML) e inteligência artificial (IA). Tudo com o fito de combater essas ameaças crescentes, incluindo phishing (tipo de crime cibernético popular no qual os criminosos tentam obter informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito, informações bancárias ou outros dados pessoais, fingindo ser uma entidade confiável.), fraudes no comércio eletrônico e roubo de informações de cartões de crédito.
Além disso, Israel tem visto um aumento na participação do financiamento do terrorismo em crimes financeiros, o que torna essencial o desenvolvimento de soluções avançadas de prevenção de fraudes. Fraudes e falsificações são os tipos mais comuns de crimes financeiros, com outros incluindo crimes fiscais, suborno, corrupção e tráfico de drogas.
A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse cenário. Empresas como a Sumsub têm se destacado no desenvolvimento de soluções de verificação e prevenção de fraudes baseadas em IA e ML. Israel investiu consideravelmente em tecnologia de prevenção de fraudes, atraindo capital estrangeiro e se tornando um mercado confiável para investidores internacionais.
No entanto, à medida que as empresas enfrentam um ambiente econômico desafiador, elas precisam não apenas manter altas taxas de aprovação e atrair novos usuários, mas também proteger-se contra fraudes. Nesse sentido, soluções de monitoramento de transações, que combinam verificação de usuários, negócios e transações, tornaram-se essenciais.
Com tecnologias baseadas em IA e ML, é possível interceptar padrões de fraude sofisticados e oferecer proteção adicional. A personalização dessas soluções permite que as empresas configurem as verificações mais adequadas aos seus negócios e automatizem a tomada de decisões relacionadas ao gerenciamento de riscos.
No geral, a experiência de Israel destaca a importância de combinar tecnologia avançada com colaboração internacional e transparência na luta contra crimes financeiros e fraudes.
Por Douglas Ferreira com informações do portal Novo Norte