A situação da fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, no Brasil é um problema que vem se arrastando há anos e continua a preocupar muitos cidadãos. Recentemente, o governo lançou um programa para tentar reduzir essa fila, mas, apesar dos esforços, os resultados ainda não são satisfatórios.
Antes do lançamento do programa, em julho, quase 1,8 milhão de pessoas aguardavam ansiosamente pelo atendimento. A maioria dessas pessoas buscava benefícios assistenciais ou previdenciários, como aposentadorias, e cerca de 600 mil dependiam de perícias médicas.
O governo estabeleceu a meta de reduzir o tempo de espera para 45 dias e passou a oferecer um bônus aos servidores do INSS que analisam os processos, além de estender o horário de trabalho. No entanto, as filas continuam existindo, mesmo que de forma menos visível, uma vez que o atendimento agora é automatizado.
A redução da fila de espera é um desafio complexo, pois o processo envolve diversos tipos de requerimentos, como recursos e pedidos de revisão de benefícios, que não são contemplados pelo programa atual. Se todos esses tipos de pedidos fossem considerados, o tamanho da fila poderia superar 7 milhões de processos, de acordo com informações do próprio Ministério da Previdência.
O ministro Carlos Lupi, responsável pelo programa, afirma que cerca de 200 mil pessoas já saíram da fila desde o início do programa. No entanto, ele ressalta que seu compromisso é alcançar a meta de 45 dias na fila até o final de dezembro. A lei estabelece esse prazo como razoável, mas a realidade tem mostrado que atingir essa marca é um desafio complexo.
Uma nova medida anunciada pelo ministro é a possibilidade de apresentar atestados médicos pelo sistema Meu INSS ou pelo telefone 135, a partir da semana seguinte. Isso visa agilizar a concessão de auxílio-doença e evitar que as pessoas tenham que esperar perícia médica presencial.
Além disso, o governo convocou 1.250 servidores aprovados em concurso para reforçar a equipe do INSS. No entanto, a questão da demora na concessão de benefícios ainda permanece como um desafio a ser enfrentado, afetando diretamente a vida de milhões de brasileiros que dependem desses recursos.