Por Douglas Ferreira com informações Olhar Digital
O avanço da tecnologia e a integração da Inteligência Artificial (IA) têm trazido constantes inovações, especialmente no cuidado com a saúde e bem-estar dos idosos. Uma dessas novidades é a introdução de cães robôs, que utilizam IA, para auxiliar na atenção aos idosos, especialmente em contextos onde há escassez de profissionais para esse cuidado.
Na Inglaterra, por exemplo, um projeto governamental de 1 milhão de libras está direcionado a fornecer cães-robôs para 1.300 idosos, com o objetivo de combater a solidão, o estresse e a ansiedade nessa parcela da população. Esses “animais” robóticos, semelhantes a bichos de pelúcia, são equipados com motores que lhes permitem movimentar a cabeça e abanar o rabo.
Além de oferecer companhia, esses cães robóticos também auxiliam os idosos na comunicação, especialmente após eventos como acidente vascular cerebral, demência e dificuldades de aprendizagem. Parte do financiamento do projeto será direcionado ao desenvolvimento de scanners faciais de IA, capazes de identificar quando o usuário está sentindo dor.
O doutor Alvaro Machado Dias, neurocientista, futurista e colaborador do portal Olhar Digital News, destacou a importância da tecnologia para ajudar esses pacientes, enfatizando que os algoritmos generativos, como os avatares físicos ou digitais, têm um potencial significativo no acompanhamento de idosos. Ele ressalta que, em muitos países, incluindo a Inglaterra, o envelhecimento da população está levando a uma escassez de pessoas disponíveis para preencher esses papéis de cuidadores, tornando essas soluções tecnológicas cada vez mais necessárias.
“Faz bastante tempo que eu falo que um dos principais aplicações dos algoritmos generativos que são esses do tipo ChatGPT, em especial dos avatares, sejam eles físicos ou sejam eles meramente digitais, é no acompanhamento de idosos. Isso tende a acontecer por duas razões. A principal delas é mais sistêmica, é que há um envelhecimento da população no mundo todo e, de fato, a gente converge a uma situação em que não há pessoas nas economias mais avançadas disponíveis para preencher esses cargos. Então, no caso da Inglaterra, onde esse estudo foi feito, está sendo conduzido é essa foi uma questão norteadora”, concluiu Alvaro Machado Dias.