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Publicado em: 8 fevereiro 2024 às 10:25 | Atualizado em: 8 fevereiro 2024 às 10:25

IBGE revisa para baixo estimativa de safra de grãos no país

Por Wagner Albuquerque 

Foto: Reprodução.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou para baixo sua estimativa de produção de grãos em 2024, reduzindo-a em 1% (equivalente a 3,1 milhões de toneladas), resultando em um total de 303,4 milhões de toneladas. Comparado à safra anterior, esse volume representa uma redução de 3,8%.

A área destinada à colheita foi estimada em 77,6 milhões de hectares, representando uma diminuição de 0,3% em relação a 2023 e um aumento de 0,2% em comparação com a estimativa de dezembro.
Em 2023, ocorreram excessivas chuvas no Rio Grande do Sul, o que atrasou o plantio da nova safra, além de períodos de seca com temperaturas elevadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Esses eventos climáticos impactaram negativamente as estimativas nessas áreas. A cultura mais afetada foi a soja, que teve uma estimativa de 150,4 milhões de toneladas, representando uma queda de 1,0% em relação à produção de 2023, apesar do aumento na área plantada. Isso indica uma significativa diminuição na produtividade.

O fenômeno climático El Niño também desempenhou um papel importante. O excesso de chuvas nos estados da região Sul e a falta de chuvas regulares, combinados com temperaturas elevadas na região Centro-Norte do país, limitaram o potencial produtivo da soja, resultando em uma queda de 2,7% na quantidade estimada.

Da mesma forma, a produção de milho foi estimada em 117,7 milhões de toneladas, apresentando uma redução de 10,2% em relação a 2023, mas um aumento de 0,7% em relação a dezembro.

Por outro lado, a estimativa para a produção de algodão foi a única a crescer, atingindo um recorde de 8,2 milhões de toneladas, um aumento de 9,4%. Comparado a 2023, as primeiras estimativas indicam um crescimento de 5,8% na colheita, devido à previsão de uma maior área plantada (8,5%).

Quanto ao café, a estimativa é de uma produção de 3,5 milhões de toneladas (ou 59,1 milhões de sacas de 60 kg), representando um aumento de 3,7% em relação a 2023. Mesmo sendo um ano de bienalidade negativa, a produção já havia sido elevada no ano anterior.