Por Wagner Albuquerque
A taxa de analfabetismo no Nordeste (14,2%) permanece como a mais alta do Brasil em 2022, de acordo com o Censo Demográfico 2022: Alfabetização, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse índice representa o dobro da média nacional, que é de 7%. Para realizar a pesquisa sobre os dados de alfabetização no país, o IBGE analisou a população de pessoas com 15 anos ou mais, totalizando 163 milhões de brasileiros.
Entre essa população, 151,5 milhões são alfabetizados, enquanto 11,4 milhões são analfabetos, resultando em uma taxa de alfabetização de 93% e uma taxa de analfabetismo de 7%. No recorte regional, o Nordeste e o Norte apresentam os maiores percentuais de pessoas que não sabem ler e escrever bilhetes simples, com 14,2% e 8,2%, respectivamente.
Embora o Nordeste tenha um índice preocupante, a taxa de alfabetização nacional cresceu em todas as regiões do Brasil entre o último Censo (2010) e o atual (2022). O Sul lidera o ranking, com 96,6% da população alfabetizada, seguido pelo Sudeste (96,1%), Centro-Oeste (94,9%), Norte (91,8%) e Nordeste (85,8%). Ao analisar os dados por unidade da Federação (UF), Santa Catarina e o Distrito Federal registram as maiores taxas de alfabetização, enquanto Alagoas e o Piauí têm as menores.
Além disso, observou-se que os municípios com população entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentam a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), que é mais de quatro vezes a taxa dos municípios com mais de 500 mil habitantes (3,2%).