Por Douglas Ferreira
Um dado alarmante ecoou na sociedade piauiense e reverberou até mesmo no governo do Estado: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgou que a insegurança alimentar atinge hoje 42% dos domicílios no Piauí. Este é o quinto maior indicador do país, ultrapassando a média nacional de 27,6% e a média do Nordeste de 38,7%.
Ao longo dos últimos 20 anos, o governo do Estado, sempre em parceria com o governo federal, tem repetido a mensagem de investimento no social. No entanto, a realidade dos números apresentados é grave e questiona essas afirmações.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, do IBGE, 27,2% dos domicílios piauienses enfrentam um grau leve de insegurança alimentar, enquanto 8,7% enfrentam um grau moderado e 5,4% um grau grave. Isso significa que 14,1% dos domicílios no Estado estão em situação de insegurança alimentar mais severa.
Comparativamente, Sergipe e Pará lideram o ranking nacional de insegurança alimentar, com índices de 49,2% e 47,7%, respectivamente. Em contrapartida, Santa Catarina e Paraná apresentam os menores indicadores, com 11,2% e 17,9%.
A série histórica da pesquisa mostra uma redução na proporção total de domicílios em situação de insegurança alimentar no Piauí nos últimos 6 anos, passando de 46% em 2017/2018 para os atuais 42% em 2023. Todas as modalidades de insegurança alimentar apresentaram uma redução nesse período, apesar de ainda revelarem uma realidade preocupante.