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Publicado em: 28 julho 2023 às 08:55 | Atualizado em: 28 julho 2023 às 09:32

IBGE: A escolha de ativista gera temor de manipulação nos indicadores do Instituto

No Ipea Marcio Pochmann demitiu técnicos competentes e tentou interferir em pesquisas por questões puramente ideológicas – Foto: Reprodução

A nomeação do ativista petista, Marcio Pochmann, para presidir o IBGE tem gerado preocupação e desconfiança, até mesmo dentro do governo. O IBGE é responsável por apurar indicadores econômicos sensíveis, como o índice de inflação IPCA, PIB, pesquisas sociais, emprego/desemprego, entre outros. A oposição teme que números sejam manipulados por motivações ideológicas.

A falta de dados confiáveis pode afastar investidores, assim como ocorreu na Argentina durante o governo de Cristina Kirchner, musa política de Lula. O Indec, órgão equivalente ao IBGE na Argentina, teve sua reputação arruinada após ser “aparelhado” e manipulado, o que contribuiu para a destruição da economia do país.

No governo Kirchner, houve acusações de fraude nos indicadores de inflação. Os dados divulgados eram muito diferentes dos números apresentados por institutos independentes. Essa manipulação acabou resultando em altos índices inflacionários, chegando a 100% ao mês.

O ativista Porchmann já demonstrou posições controversas, como atacar o sistema Pix, por exemplo, mesmo sendo uma iniciativa bem-sucedida. E adotar uma visão equivocada sobre o papel do governo na economia. Sua abordagem desenvolvimentista, que defende gastos excessivos do governo, é vista como um risco e um caminho que já provou não dar certo.

A gestão de Pochmann no Ipea é analisada por muitos economistas como “desastrosa”. A economista Elena Landeu lembra que, “ele demitiu técnicos qualificados e interferiu nas pesquisas por motivações puramente ideológicas, o que levanta preocupações sobre possíveis interferências no IBGE”.