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Publicado em: 15 janeiro 2024 às 14:17 | Atualizado em: 15 janeiro 2024 às 14:17

IA: A revolução silenciosa que transforma empregos e desafia a igualdade social global

Para o FMI revela que em economias mais desenvolvidas, até 60% dos empregos podem ser afetados pela IA – Foto: Reprodução

O atual cenário mundial presencia uma revolução tecnológica sem precedentes na história da humanidade, impulsionada pela chegada da Inteligência Artificial (IA). Esse avanço tem superado e ultrapassado etapas, acelerado processos e aprimorado métodos, embora com custos evidentes. O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que a IA pode afetar cerca de 40% dos empregos globais em um curto período.

A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, destaca a necessidade de os governos estabelecerem redes de segurança social e programas de reciclagem para mitigar os impactos da IA. Em uma publicação recente, Georgieva enfatiza que, em muitos cenários, a IA tende a agravar a desigualdade, especialmente nas economias avançadas, onde os trabalhadores de colarinho branco são considerados mais vulneráveis do que os trabalhadores manuais.

A análise do FMI revela que em economias mais desenvolvidas, até 60% dos empregos podem ser afetados pela IA. Metade desses empregos pode se beneficiar do aumento da produtividade impulsionado pela IA, enquanto a outra metade corre o risco de ver redução na demanda de trabalho, levando a salários mais baixos e diminuição nas contratações. Nos casos mais extremos, alguns empregos podem desaparecer.

Nos mercados emergentes, como Índia e Brasil, e nos países de baixa renda, a IA pode impactar 40% e 26% dos empregos, respectivamente. Georgieva observa que muitos desses países não possuem infraestrutura adequada ou mão de obra qualificada para aproveitar os benefícios da IA, aumentando o risco de a tecnologia agravar a desigualdade ao longo do tempo.

Além disso, há o alerta de que o uso da IA pode aumentar as chances de agitação social, especialmente se os trabalhadores mais jovens e menos experientes aproveitarem a tecnologia para aumentar sua produção, enquanto os trabalhadores mais experientes lutam para acompanhar o ritmo.

Embora a IA tenha se tornado um tópico central no Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos, na Suíça, a tecnologia, quando adotada em larga escala, pode impulsionar a produtividade do trabalho e aumentar o PIB global em 7% ao ano em um período de 10 anos, de acordo com estimativas da Goldman Sachs.

Georgieva destaca, em seu post online, que, apesar dos desafios, a IA oferece oportunidades para aumentar a produção e a renda global. A mensagem final é assegurar que a transformação impulsionada pela IA beneficie a humanidade como um todo.