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Publicado em: 28 fevereiro 2024 às 12:14 | Atualizado em: 28 fevereiro 2024 às 23:04

Governados pela esquerda, Paraíba e Piauí estão no topo da lista de cidades com piores níveis de abastecimento de água

Por Douglas Ferreira

A falta de investimento em abastecimento regular de água favorece e financia a indústria do carro-pipa no Nordeste – Foto: Reprodução

Os governadores João Azevêdo e Rafael Fonteles têm algo em comum além de serem gestores de Estados nordestinos, Paraíba e Piauí, respectivamente: ambos são de esquerda e lideram os Estados que ocupam os primeiros lugares na lista das cidades com os piores níveis de abastecimento de água do Brasil.

Esses dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram divulgados na sexta-feira, 23, como parte do Censo Demográfico 2022. Eles revelam que 49 milhões de habitantes estão sem acesso adequado ao esgotamento sanitário, enquanto 4,8 milhões não têm acesso à água encanada no país.

Sob a gestão de governos de esquerda, os Estados da Paraíba (PB) e do Piauí (PI) se destacam negativamente em relação ao abastecimento de água. Na Paraíba, governada por João Azevêdo (PSB), e no Piauí, governado por Rafael Fonteles (PT), são identificadas sérias deficiências nesse aspecto.

A lista é encabeçada pelo município de Santa Cecília (PB), onde 99,5% do sistema de abastecimento é precário, seguido por Baraúna (PB) com 99,2%, Marcolândia (PI) com 99,1%, Algodão de Jandaíra com 99,1%, Gado Bravo (PB) com 98,7%, e Sossêgo (PB) com 98,0%.

Aliás, dos 10 piores municípios do Brasil em abastecimento de água 8 estão da Paraíba. São eles: Santa Cecília, Algodão de Jandaíra, Gado Bravo, Sossego, Damião, Alcantil, Riacho de Santo Antonio e Baraúna.

Essas populações, desprovidas de uma rede de abastecimento estruturada, dependem principalmente de caminhões-pipa para suprir suas necessidades básicas. A situação, sobretudo, na paraíba, se agravou com o fechamento das bombas que abasteciam os canais da transposição ocorrido no ano passado.

Em contraste, os municípios do Sudeste e Sul do país são os que apresentam menor problema nesse aspecto. De acordo com o levantamento, 739 dos 5.570 municípios do Brasil possuem um sistema de abastecimento adequado, que atende 100% de sua população, com 234 deles localizados no Estado de São Paulo.

Embora a capital paulista não esteja incluída nesse grupo, com 99,5% de abastecimento ideal, apenas 0,5% de sua população enfrenta escassez de água.

Quanto à canalização, que leva a água até as residências, os municípios nordestinos novamente lideram os problemas. A Paraíba está no topo da lista com Damião, onde 74,1% da cidade não possui água canalizada, seguida por Algodão de Jandaíra, com 73,5%, e Riacho de Santo Antônio, com 72,5%.

São Paulo, por outro lado, se destaca mais uma vez, com 345 municípios que possuem água canalizada em 100% de suas residências. A capital paulista apresenta 99,9% de cobertura nessa área. No total, 1.377 municípios brasileiros têm seu sistema hídrico municipal completamente canalizado.

Quanto à rede de esgoto, apenas cinco municípios possuem 100% das residências conectadas, segundo o IBGE. Esses são Águas de São Pedro, Avanhandava e São Caetano do Sul em São Paulo, Presidente Lucena no Rio Grande do Sul e Anhanguera em Goiás.

Mais uma vez, os Estados do Sudeste e Sul se destacam na cobertura da rede de esgoto com um sistema de tratamento adequado. A capital paulista possui 95,6% da rede em conformidade com as normas.

Em contrapartida, o Piauí e Tocantins têm cidades sem qualquer rede de esgoto, como Juarina em Tocantins e Júlio Borges no Piauí. Nessas localidades, todo o esgoto produzido pela população é despejado em rios ou valas abertas.