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Publicado em: 3 maio 2024 às 08:21 | Atualizado em: 3 maio 2024 às 10:09

Governador Eduardo Leite alerta presidente Lula: 'Situação crítica no RS exige ação imediata'; Veja vídeo

Por Douglas Ferreira

O vídeo que mostra o governador Eduardo Leite conversando por telefone com o presidente Lula tornou-se viral nas redes sociais. A ligação partiu do presidente em resposta a uma chamada anterior feita pelo governador gaúcho.

Pelo que se pode inferir da conversa, Lula estava interessado em obter informações sobre a situação geral no Rio Grande do Sul, após os temporais que têm assolado o Estado nos últimos dias. Os dados atualizados na manhã, desta sexta-feira, 3, dão conta de 32 mortos e 60 desaparecidos.

O governador foi direto ao afirmar: “potencialmente pode resultar em algo pior do que o que vimos no ano passado, porque além de ter chovido muito, ainda há previsão de mais chuvas nos próximos dias aqui no Estado”.

O telefonema ocorreu antes da visita que o presidente Lula realizou nesta quinta-feira, 2, ao Rio Grande do Sul. Eduardo Leite relatou ao presidente que já havia discutido o problema com alguns ministros. Ele mencionou explicitamente os ministros José Múcio Monteiro, da Defesa, e Paulo Pimenta, das Comunicações.

Durante a conversa, o governador Leite ressaltou repetidamente a gravidade da situação atual e o potencial para piorar nas áreas afetadas pelas inundações. “A situação é crítica e precisamos de todo o apoio aéreo possível, imediatamente”, enfatizou.

Leite destacou que centenas de pessoas estão em perigo, aguardando resgate em cima de casas, e expressou preocupação de que “nossas aeronaves são pequenas e nossos helicópteros não funcionam nessas condições climáticas”.

Ele insistiu na necessidade de ação imediata e pediu prioridade ao presidente. Por sua vez, o Lula assegurou ao governador que ele pode contar com o apoio do governo federal. “Eu sei que posso contar com você, presidente, mas preciso lhe dar uma noção da urgência, pois a situação pode ser pior do que no ano passado”.

Vale ressaltar que em 2023, primeiro ano do governo Lula III, a ajuda federal demorou a chegar, e apesar da gravidade e do número de mortos, até hoje a União ainda não repassou um terço do que foi prometido na época.