Por Wagner Albuquerque

A Gol está considerando entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em até um mês, explorando o Capítulo 11 da lei de falências americana como alternativa mais vantajosa em comparação com a recuperação judicial no Brasil. A estratégia visa abrir portas para mais oportunidades de financiamento internacional.

Enquanto a empresa tenta um plano de reestruturação fora da Justiça nas próximas duas semanas, enfrenta desafios devido à complexidade dos interesses envolvidos, incluindo credores financeiros, arrendadores de aeronaves e stakeholders. A opção de recorrer ao Tribunal de Falências de Nova York é vista como mais previsível, embora a falta de presença operacional expressiva nos EUA gere preocupações sobre a aceitação do processo.

Consultores, advogados e a holding Abra, que controla a Gol, buscam soluções para a dívida financeira de R$ 20 bilhões, com R$ 3 bilhões vencendo a curto prazo. A empresa não dispõe de caixa suficiente para cumprir esses compromissos. Enquanto a companhia enfrente desafios financeiros, ressalta seu comprometimento em melhorar a lucratividade e discutir opções com stakeholders financeiros para maior flexibilidade, incluindo a possibilidade de obter capital adicional para sustentar operações no longo prazo. A Gol segue os passos da Latam, que concluiu processo semelhante após recorrer ao Tribunal de Falências de Nova York em 2020.