Por Wagner Albuquerque

Na última quarta-feira (10), o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a importância do etanol para a segurança energética. Ele ressaltou o lançamento da Aliança Global dos Biocombustíveis pelo Brasil, uma iniciativa que engloba os três maiores produtores de biocombustíveis – Brasil, Estados Unidos e Índia. A aliança conta com a participação de 19 países e 12 organizações internacionais, visando promover a produção sustentável e o uso de biocombustíveis globalmente, estando aberta a novas adesões.

Por exemplo, vamos ter que trocar todo o querosene de aviação usado no mundo por biocombustível, pelo chamado SAF. Poucos meses atrás, decolou de Londres e oito horas depois pousou em Nova Iorque um Boeing 787 da Virgin Atlantic, com 100% de biocombustível, um voo experimental. Quem vai produzir a maior parte do SAF? Nós, o Brasil. Vamos ser os grandes protagonistas”, disse Alckmin.

O vice-presidente participou do Cana Summit, evento organizado pela Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Oraplana), em Brasília.

No evento, Alckmin garantiu que o governo federal vai continuar priorizando o etanol.

“No projeto Combustível do Futuro, temos que trabalhar para manter o texto original do relator, deputado Arnaldo Jardim, que favorece o etanol, o biodiesel, o SAF, o biogás e o hidrogênio de baixo carbono. Ao mesmo tempo, como lembrou a Orplana, precisamos de paridade de preços com a gasolina”, afirmou

“Quando eu fui governador de São Paulo, reduzimos o ICMS do etanol de 25% para 12%, e mantivemos o da gasolina em 25%, para estimular o setor sucroenergético, altamente empregador e gerador de riquezas, o que também melhorou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de muitas áreas interioranas. Então, vamos trabalhar para manter o etanol competitivo em relação à gasolina”, prometeu Alckmin.