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Publicado em: 7 novembro 2023 às 09:51 | Atualizado em: 7 novembro 2023 às 16:57

Fundo Amazônia: de R$ 3,4 bilhões prometidos só chegaram R$ 100 milhões até agora

Por Douglas Ferreira

Amazônia amarga pior crise histórica com queimadas e seca- Foto: Reprodução

A crítica internacional em relação à Amazônia é uma questão recorrente, especialmente quando se trata de questões ambientais e desmatamento na região. O presidente francês, Emmanuel Macron, já defendeu a internacionalização da Amazônia, e outros países prometeram doações significativas para o Fundo Amazônia. No entanto, a efetiva transferência desses fundos tem enfrentado desafios e atrasos.

Dos R$ 3,4 bilhões prometidos pelos Estados Unidos e países europeus para o Fundo Amazônia desde o início do ano, apenas 2,9% chegaram aos cofres do BNDES, que é o gestor dos recursos. A reativação do fundo foi realizada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o fechamento do programa pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019.

Ambientalistas argumentam que o governo brasileiro precisa acelerar o processo de alocação dos recursos disponíveis para facilitar as novas doações. No entanto, os procedimentos podem ser demorados devido à complexidade da documentação e da burocracia envolvida.

O Fundo Amazônia possui um saldo atual de R$ 4,1 bilhões, considerando os depósitos feitos até 2019 pelos principais doadores do primeiro ciclo, incluindo Noruega, Alemanha e Petrobras. Além disso, os rendimentos financeiros das operações com juros contribuem para esse saldo, bem como um depósito de R$ 100 milhões (20 milhões de euros) feito pela Alemanha em 2023.

A demora na alocação desses fundos agrava a crise ambiental na Amazônia, que enfrenta queimadas e uma das piores secas da história. A efetivação dessas doações é crucial para apoiar a preservação e a sustentabilidade da região.

Enfim, se há recursos e se a crise na Amazônia se agrava dia após dia, porque essa inação do governo federal em elaborar e executar um plano de ação imediata para o enfrentamento dos desafios atuais? Falta vontade política? Trata-se de ingerência. A Amazônia agoniza e tem pressa!