Por Douglas Ferreira
A infiltração de membros de instituições e organismos internacionais tornou-se mais relevante com a descoberta de membros das Organização das Nações Unidas envolvidos no ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel, em 7 de outubro passado. Essa situação é considerada inaceitável pelo mundo civilizado e resultou na suspensão do financiamento à UNRWA (orgão da ONU de assistência a refugiados) por muitos países liderados pelos Estados Unidos. A França também aderiu ao boicote recentemente que já contava com a adesão, por exemplo, do Canadá, Reino Unido, Alemanha e Austrália.
Um dos funcionários da ONU acusado de participar do ataque a Israel foi relatado como tendo sido morto. A informaação partiu do Secretário-Geral António Guterres.
Essa descoberta levanta questões sobre os membros das Nações Unidas que interagem diretamente com grupos como o Hamas, bem como sobre a natureza das ações desempenhadas pela própria ONU.
Antonio Guterres confirmou a morte de um funcionário da UNRWA, a agência da ONU envolvida, e revelou que nove dos 12 funcionários acusados foram demitidos. As identidades dos outros dois estão sendo esclarecidas. A ONU está tomando medidas rápidas, incluindo uma investigação e uma revisão independente.
Guterres enfatizou que qualquer funcionário da ONU envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive criminalmente. Apesar das alegações graves, ele instou os países a continuarem a fornecer assistência financeira à UNRWA, que sustenta 2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza dependendo de ajuda crucial para a sobrevivência diária.
No entanto, nove países já suspenderam o financiamento dessa agência da ONU em Gaza. Guterres apelou para que garantam a continuidade das operações da UNRWA, ressaltando que os atos alegados devem ter consequências, mas os trabalhadores humanitários não devem ser penalizados.