Por Douglas Ferreira
Após uma série de desdobramentos, e do fracasso fragoroso da Força-tarefa criada para recapturar os dois fugitivos do presídio de ‘segurança máxima’ de Mossoró, o Ministério da Justiça finalmente toma medidas concretas em relação à fuga dos dois membros do Comando Vermelho do Acre, que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Em decorrência do relatório elaborado pela Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais – Senappen, 10 servidores da referida penitenciária serão alvo de Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD), enquanto outros 17 serão submetidos a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça evadiram-se do estabelecimento de ‘segurança máxima’ em 14 de fevereiro, desencadeando uma investigação detalhada sobre as falhas nos procedimentos carcerários. A corregedora do sistema prisional, Marlene Inês da Rosa, identificou lacunas significativas e determinou medidas disciplinares, incluindo a obrigatoriedade de cursos de procedimentos para os envolvidos no TAC, a fim de evitar reincidências.
O chefe da Divisão de Segurança da penitenciária, entre outros funcionários, enfrentará um PAD. No entanto, os chefes das divisões de Inteligência e Administrativa, embora inicialmente afastados, não foram alvo de punição.
Ademais, uma nova Investigação Preliminar Sumária foi iniciada para aprofundar as circunstâncias que possibilitaram a fuga. O relatório completo não será divulgado para evitar interferências nas investigações em curso.
O Ministério da Justiça encerrou a participação da Força Nacional nas buscas pelos fugitivos, após 49 dias de intensa busca. Agora, o foco será o reforço do ‘setor de inteligência’ para dar continuidade aos esforços de localização.
Rogério e Deibson, membros do Comando Vermelho, escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró em 14 de fevereiro, marcando a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal, que inclui outras unidades em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
