Por Douglas Ferreira
Os 34 brasileiros continuam retidos na Faixa de Gaza, mesmo com a autorização concedida por Israel para que eles cruzem a fronteira. É que o posta da cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, foi fechada nesta sexta-feria, 10, antes do grupo de brasileiros conseguir sair da Faixa de Gaza.
O grupo aguarda a saída da área do conflito entre o Ramas e Israel, deste o dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista promoveu o maior ataque ao povo israelense matando centenas de civis. Desde então, o governo de Israel passou a revidar os ataques do Hamas e os brasileiros permanecem no meio dessa guerra.
Ontem finalmente, a tensão deu lugar à esperança com o anuncio da autorização para que um ônibus com 34 brasileiros pudesse atravessar a fronteira para o Egito pela cidade de Rafah. Nesta manhã eles embarcariam já no Egito, num da Força Aérea Brasileira – FAB.
Já estava tudo organizado para que os brasileiros deixassem o Egito no sábado, 11, do aeroporto de Al Arish, próximo da Faixa de Gaza. Mas eis que do nada a passagem pelo posto não foi autorizada. Aliás, o posto sequer foi aberto, segundo relatou o ministro das Relações Exteriores – MRE, Mauro Vieira.
“O ministro de Israel na última sexta garantiu que os brasileiros estariam na lista de autorizados na última quarta, o que não se confirmou. Estavam na lista, mas não se confirmou a saída, porque não houve abertura”, explicou o ministro.
“Ontem, ele informou novamente que estavam autorizados e os nomes estavam em poder das autoridades na fronteira e sairiam hoje de manhã, mas não saíram apesar de terem sido mobilizados, não puderam passar pelo posto de controle, não foi aberto. Esperamos que esses nomes sejam autorizados a cruzar o mais rápido possível”, concluiu Mauro Vieira.
O ministro disse ainda que, não pode informar quando ocorrerá a abertura do posto de Rafah. “A situação de Gaza não me permite dizer se será hoje, amanhã ou quando, são números e questões que dificultam a abertura. Governo brasileiro tem mantido contato com as autoridades, sempre examinando a possibilidade da libertação dos brasileiros no menor tempo possível”, informou.
A primeira relação de pessoas autorizadas, divulgada nessa quinta-feira, 9, não constava o nome da avó da brasileira. À CNN Brasil, fontes do governo informaram que a exclusão da mulher pode ter sido um “mero erro”, e que “gestões e pedidos” para incluí-la estavam sendo realizados.