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Publicado em: 6 março 2024 às 10:28 | Atualizado em: 6 março 2024 às 11:12

"Follow the Money": PF faz operação contra lavagem de R$ 2 bi do tráfico de drogas

Por Douglas Ferreira

Segundo a PF os supeitos teriam lavado cerca de R@ 2 bilhões – Foto: Reprodução

O tráfico de drogas está cada vez mais infiltrado na política, nas instituições e na sociedade brasileira. Este crime movimenta bilhões de reais mensalmente e, devido à dificuldade em legalizar tanto dinheiro, recorre a empresas e grupos para evitar suspeitas. Diante desse cenário, a Polícia Federal adotou uma estratégia eficaz: seguir o dinheiro literalmente.

Como resultado, a PF desmantelou uma organização criminosa que operava no Sul do país, especializada em lavagem de dinheiro do narcotráfico por meio do setor imobiliário, compra de veículos de luxo e até equipamentos agrícolas.

A operação, batizada de “Follow The Money” (Siga o Dinheiro, em inglês), foi conduzida pela Polícia Federal do Paraná, com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina. A investigação teve como base análises financeiras e patrimoniais dos envolvidos, abrangendo cerca de 500 contas bancárias que movimentaram mais de R$2 bilhões nos últimos anos.

A organização criminosa utilizava diversos métodos para ocultar a origem do dinheiro, incluindo negócios simulados envolvendo imóveis, veículos, transporte e setor de óleos e lubrificantes. Análises fiscais realizadas com o apoio da Receita Federal corroboraram essas conclusões, evidenciando o uso de múltiplas empresas para dispersar e ocultar os ganhos ilícitos.

A operação mobilizou aproximadamente 200 policiais federais e 20 auditores da Receita Federal. Os principais líderes do grupo foram presos, com o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Santa Catarina, na região Sul, e Ceará, no Nordeste.

Mais de uma centena de bens dos investigados, incluindo contas bancárias, veículos de luxo, caminhões, maquinários agrícolas e imóveis urbanos e rurais, foram bloqueados judicialmente. Os bens apreendidos e indisponibilizados da organização criminosa ainda estão sendo contabilizados.