Por Wagner Albuquerque
O fenômeno climático La Niña está previsto para atingir a América Latina, trazendo consigo uma combinação de furacões e secas. Outra região que deve se preparar para possíveis danos é o Caribe. O alerta foi emitido por especialistas da Organização Meteorológica Mundial durante um webinar realizado na última terça-feira (2).
Como consequência da chegada de La Niña, o furacão Beryl, o primeiro da temporada de 2024 e a primeira tempestade a atingir o nível máximo de categoria 5 na Escala Saffir-Simpson, já atravessa o leste do Caribe. A tempestade representa um risco significativo para a região, reforçando a necessidade de preparação e mitigação dos possíveis danos.
La Niña é um padrão climático que se caracteriza por temperaturas oceânicas mais frias do que o normal no Pacífico equatorial central e oriental. Esse fenômeno está associado a uma série de eventos extremos, como enchentes e secas, além de um aumento na frequência de furacões no Caribe. Os impactos de La Niña podem ser devastadores, afetando diretamente a vida das comunidades e a economia das regiões atingidas.
Especialistas da Organização Meteorológica Mundial destacaram que La Niña pode provocar secas históricas na América do Sul, similares às registradas entre 2020 e 2023. “Acabamos de passar por três anos com um evento La Niña bastante prolongado que trouxe secas históricas, com grande impacto, e, em seguida, uma transição bastante rápida para o El Niño”, afirmou José Luis Stella, do Centro Climático Regional para o Sul da América do Sul. Tanto La Niña quanto El Niño têm tido impactos significativos nas economias da América Latina, prejudicando culturas como trigo, arroz e milho.