Por Douglas Ferreira

O caso é peculiar e chama a atenção. A família, ao encontrar o “gatinho”, começou a alimentá-lo e cuidar como um animal de estimação, sem saber que, na realidade, estavam criando uma jaguatirica. A família cuidou do animal silvestre por um ano.

O filhote havia sido resgatado durante uma queimada. Veja como tudo aconteceu:

O felino foi descoberto pelo proprietário da propriedade enquanto ainda era um filhote, em uma área afetada por um incêndio. A família, pensando tratar-se de um gato, um pet, decidiu acolhê-lo, proporcionando cuidados e alimentação ao animal por aproximadamente um ano.

Na manhã desta sexta-feira (12), a jaguatirica foi entregue ao Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da Polícia Militar do Piauí. José Luiz da Silva, o produtor rural que resgatou o felino durante a queimada, relatou que, ao perceberem o crescimento excessivo do animal, a família concluiu que não se tratava de um gato comum.

“Eu estava fazendo uma pequena roça e aí a gente encontrou ele lá no meio. Ele era tão novinho que estava com os olhos fechados. Trouxe ele para casa, comprei leite, fui dando na boquinha dele e ele foi crescendo”, contou o produtor rural.

Ao perceberem a confusão, a família decidiu procurar a polícia e optou por entregar a jaguatirica. A Batalhão de Polícia Ambiental informou que o felino está em boas condições e será acompanhado por veterinários para avaliar a possibilidade de retornar ao seu habitat natural.

O animal será encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, no Bioparque Zoobotânico, sede do Batalhão de Polícia Ambiental.

Situações como esta são mais comuns do que se imagina. Em 2023 foram registrados casos semelhantes em São Paulo e em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em Belô, era um filhote de onça bengal. Em todos os casos os animais foram entregues à polícia ambiental.