Por Douglas Ferreira
O setor de hortifrutigranjeiros no Brasil está experimentando um período de crescimento, especialmente impulsionado pelas exportações. As exportações do setor estão em ascensão, contribuindo para o aumento do faturamento. Isso evidencia que o agronegócio não se limita à exportação de grãos. No ranking dos cinco Estados que mais exportam frutas no país, quatro estão localizados na região Nordeste.
Confira os detalhes:
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as frutas mais exportadas pelo Brasil em 2023 foram manga, uva, melancia, melão e limão, conforme apontado no Boletim Hortigranjeiro divulgado em 22 de janeiro. A exportação totalizou pouco mais de 1,11 milhão de toneladas no último ano, representando um crescimento de 5,9% em relação a 2022.
O faturamento atingiu US$ 1,34 bilhão, um aumento notável de 23,5% em comparação ao acumulado de 2022. Os Estados que mais se destacaram nas exportações foram Rio Grande do Norte (25%), Pernambuco (19%), Bahia (18%), São Paulo (13%) e Ceará (11%).
A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) apresentou um número ligeiramente inferior, indicando um faturamento de US$ 1,2 bilhão. A diferença é explicada pelo fato de a Conab considerar mais produtos em seu balanço, enquanto a Abrafrutas analisa apenas aqueles presentes no portfólio de seus associados.
A Abrafrutas celebra esse desempenho como um recorde histórico para o setor, registrando um aumento de 26,73% no faturamento em comparação a 2022. Em termos de volume, a entidade destaca um crescimento de 6%, equivalente ao envio de mais de um milhão de toneladas de frutas para o mercado internacional.
Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas, destaca o esforço contínuo dos fruticultores brasileiros, que dedicam suas vidas ao cultivo de frutas de alta qualidade, respeitando o meio ambiente e buscando a excelência. A manga continua a ser a fruta preferida no mercado global, com mais de 266 mil toneladas exportadas, registrando aumentos significativos em valor (51,52%) e volume (15%). Em segundo lugar, o melão também apresentou números expressivos, totalizando 228 mil toneladas, com aumentos de 20,93% em valor e 2,61% em volume.