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Publicado em: 10 janeiro 2024 às 12:00 | Atualizado em: 10 janeiro 2024 às 12:42

Explosão nas exportações: Países baixos se tornam maior comprador das exportações potiguares com crescimento de 300%

Por Douglas Ferreira

Aos poucos, o Nordeste brasileiro avança nas exportações e conquista espaço no mercado internacional. No entanto, essa corrida para o exterior destaca-se apenas nos oito Estados nordestinos que possuem portos marítimos.

O Piauí, por não contar com um porto para o escoamento de sua produção, fica fora desse cenário. A exportação piauiense se dá através dos portos dos Estados vizinhos. Nesse contexto, Ceará e Maranhão, com os portos de Pecém e de Itaqui, respectivamente, destacam-se à frente, enquanto outros Estados, como o Rio Grande do Norte, ainda buscam acompanhar esse ritmo.

O Rio Grande do Norte, por sua vez, possui três portos marítimos, sendo um para cargas gerais e dois dedicados a produtos específicos. O porto principal, o de Natal localizado à margem direita do rio Potengi, bem próximo ao mar, é utilizado tanto para cargas gerais como para a exportação de frutas e rochas (quartzitos), bem como para a cabotagem de cargas em contêineres.

O Estado potiguar viu um expressivo crescimento nas exportações, especialmente para os Países Baixos (Holanda), que se tornaram o maior comprador de produtos potiguares em 2023, representando 31% de todas as exportações do estado no ano passado.

O crescimento significativo nas exportações para os Países Baixos foi impulsionado pelo Porto de Roterdã, que se tornou um hub para produtos potiguares, como combustíveis, melões e petróleo bruto, servindo como uma porta de entrada para a Europa. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Jaime Calado, aponta que o Porto Indústria Verde, em Caiçara do Norte, é visto como uma solução para atender ao aumento da demanda dos produtores locais, principalmente diante da expansão prevista na exportação de frutas, especialmente melões, para o mercado chinês e asiático.

Em 2023, a exportação de frutas frescas cresceu 23,5%, representando 26% das exportações estaduais.

E o Piauí, heim? Mesmo com uma produção expressiva de grãos, frutas, pescado, minérios e pedras preciosas além de não possuir um porto marítimo se vê obrigado a buscar portos regionais para exportar. Isso, causa grandes inconvenientes para o exportadores piauienses uma vez que tem que se submeter a um custo de transporte e taxas bem maiores o que impacta no preço final de tudo que é produzido no Estado.