Por Douglas Ferreira
Agravou-se a situação da dengue no Brasil, com um notável aumento nos casos, ultrapassando 217 mil. O que explica essa explosão de casos no país? Por que a escassez de vacinas? Como justificar esse descaso com uma doença potencialmente fatal?
O número de casos de dengue em 2024 é quase cinco vezes maior em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram registrados 44.752 casos. A vacinação contra a dengue está programada para iniciar em fevereiro, abrangendo cerca de 500 municípios em 16 Estados, com foco em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O dado de mais de 217 mil casos de dengue no Brasil, foram atualizados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (30).
O painel de monitoramento de arboviroses do governo revelou 15 mortes pela doença até o momento, enquanto 149 óbitos estão sob investigação.
Considerada a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O período com maior transmissão é geralmente de novembro a maio, durante os meses mais chuvosos de cada região.
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra a dengue, Qdenga, ao Sistema Único de Saúde (SUS), com previsão de início da aplicação em fevereiro deste ano. A vacina será destinada, inicialmente, a adolescentes de 10 a 14 anos, considerados o grupo com maior número de internações por dengue.
A Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, é uma vacina contra a dengue composta por vírus vivos atenuados, induzindo respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus. O esquema de aplicação inclui duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.