Por Douglas Ferreira
A tensão entre Venezuela e Guiana aumenta com a realização de exercícios militares venezuelanos em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à Guiana. O ditador Nicolás Maduro ordenou a ativação da Força Armada Nacional Bolivariana, envolvendo mais de 5.600 efetivos. O HMS Trent, navio inglês, chegou à Guiana, rompendo uma trégua delicada entre os países devido à disputa secular pelo território de Essequibo, rico em petróleo.
Maduro justificou os exercícios como uma resposta defensiva à provocação do Reino Unido contra a paz e soberania venezuelanas. A Guiana, ex-colônia britânica, negou planos ofensivos e afirmou que a presença do HMS Trent visava aumentar a segurança interna. Apesar da tensão, o presidente guianense, Irfaan Ali, reiterou que não havia intenção de invadir a Venezuela.
A primeira fase dos exercícios venezuelanos envolveu caças, embarcações armadas e veículos anfíbios mobilizados a partir do Estado de Sucre, próximo aos limites das águas disputadas. Maduro instou a Guiana a retirar o HMS Trent e evitar envolver potências militares na controvérsia territorial.
As tensões aumentaram desde um referendo venezuelano sobre a soberania de Essequibo, em dezembro, elevando o temor de um conflito armado. O HMS Trent, originalmente designado para combater o tráfico de drogas no Caribe, intensificou as preocupações regionais. A Venezuela alega que Essequibo faz parte de seu território, apelando ao Acordo de Genebra de 1966, enquanto a Guiana busca a ratificação da Corte Internacional de Justiça.