A violência urbana, em Teresina, atingiu uma dimensão nunca antes imaginável. Na última quinta-feira (4), uma equipe do Programa Saúde da Família – PSF, foi vítima de um assalto enquanto realizava atendimento a domicílios no bairro Vila Irmã Dulce, na zona Sul da capital. De acordo com o Conselho Regional de Medicina no Piauí – CRM/PI, os profissionais tiveram os pertences roubados durante a ocorrência.
Devido às frequentes situações de violência envolvendo os profissionais de saúde atuantes na capital, o CRM/PI solicitou uma série de medidas. Além da necessidade de reforçar a segurança, o órgão pediu que a Fundação Municipal de Saúde – FMS, reavalie a obrigatoriedade do funcionamento das Unidades Básicas de Saúde – UBS, durante o período noturno.
Ataques recorrentes a profissionais da Saúde
Essa não foi a única ocorrência recente envolvendo profissionais de saúde em situações perigosas. Há pouco tempo, um motorista e uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu, foram baleados enquanto prestavam atendimento no bairro Vamos Ver o Sol, na zona Sul de Teresina.
Teresina dominada pelas facções
Em outra ocasião, três criminosos encapuzados renderam vigilantes e invadiram o Hospital Mariano Castelo Branco, na região da Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina, efetuando disparos em um paciente.
Diante dessas preocupantes situações, os presidentes da FMS e do CRM/PI devem participar de uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí – SSP/PI, para discutir os problemas e buscar soluções para enfrentar essa questão, hoje cotidiana na vida dos profissionais de saúde do município.
FMS se manifesta
A Fundação Municipal de Saúde – FMS, também se manifestou sobre o assalto à equipe de saúde. Informou que na tarde de quinta-feira (03), uma equipe da Estratégia Saúde da Família foi abordada por dois indivíduos armados enquanto saía de uma visita domiciliar de saúde no bairro Vila Irmã Dulce. Os assaltantes levaram pertences da equipe, como celulares e bolsas, mas felizmente, não houve feridos. A equipe acionou imediatamente a polícia, que conseguiu recuperar alguns dos pertences roubados e está investigando o caso.
Escalada da violência
O fato é que o piauiense está vivendo o pior momento no tocante à violência e a escalada da criminalidade. A Secretaria da Segurança Pública tem promovida uma série de campanhas publicitárias alegando a implantação de programa visando levar tranquilidade ao cidadão, as parece não estar conseguindo êxito.
Aumento da corporação não diminuiu a criminalidade
Os 1200 homens incorporados à Polícia Militar até são vistos pelas ruas, mas não conseguem conter o avanço da criminalidade. Seu Marlon Magalhães disse que, “tenho visto algumas equipes de PMs tanto na área central como em alguns bairros, mas eles a pé não conseguem sequer perseguir um assaltante de bicicleta”.
Outra ação bastante questionada da Segurança Pública é um helicóptero sobrevoando a cidade à noite. “Enquanto esse helicóptero queima combustível e o nosso dinheiro, a noite inteira, os bandidos continuam a assaltar, estuprar e arrombar casas e comércios nos bairros sem ninguém fazer nada”, se queixa Sebastião Ferreira, morador da Vermelha.
Após sete meses a frente da Secretaria da Segurança Pública do Piauí, o jovem advogado Francisco Lucas Costa Veloso, o Chico Lucas, ainda não mostrou efetivamente a que veio. Os crimes aumentam a cada dia e o cidadão não tem mais a quem recorrer.
Bandidagem no centro da cidade atrapalha comércio
Um fato que preocupa muito, sobretudo, os comerciantes da área central da cidade são os furtos, roubos e arrombamentos. Alguns comerciantes simplesmente fecharam as portas ou mudaram para outras localidades. O número de placas de vende-se a aluga-se no centro comercial se multiplicou nos últimos anos.
Como se vê falta segurança pública no subúrbio e também na área mais central de Teresina. As vítimas dos criminosos vão do estudante aos profissionais de saúde do município. Ou seja, no Piauí hoje ninguém está seguro.
Por Douglas Ferreira