Move Notícias

Publicado em: 8 janeiro 2024 às 21:30 | Atualizado em: 8 janeiro 2024 às 21:31

Equador em crise: Presidente declara estado de exceção após fuga do líder de maior quadrilha criminosa

Por Douglas Ferreira com informações JP

A medida autoriza Daniel Noboa a mobilizar os militares nas ruas e sua entrada nos presídios – Foto: Reprodução

O “estado paralelo” do crime organizado não é exclusividade do Brasil; na verdade, ele está infiltrado na maioria absoluta dos países da América Central e do Sul. Algumas nações até ascenderam ao status de “narco-países”. A diferença é que em alguns países sul-americanos, os governos começam a tratar criminosos como criminosos, traficantes como traficantes e faccionados como faccionados. Nada de “vítimas da sociedade”.

No Equador, por exemplo, foi decretado hoje o “estado de exceção” após a fuga do líder criminoso Adolfo Macías, o Fito, de uma prisão em Guayaquil. O próprio presidente Daniel Noboa anunciou o decreto em sua conta nas redes sociais. Mas por que ele adotou essa medida extrema? Qual é o grau de periculosidade deste criminoso, o Fito?

Vamos entender a situação no Equador:

A medida autoriza Daniel Noboa a mobilizar os militares nas ruas e sua entrada nos presídios. O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta segunda-feira, 8, que decretou estado de exceção em todo o país, incluindo no sistema penitenciário, após a fuga do chefe da maior quadrilha criminosa de um presídio em Guayaquil (sudoeste).


“Acabo de assinar o decreto de estado de exceção para que as Forças Armadas tenham todo o apoio político e legal em seu agir nas ruas e centros de reclusão”, disse o mandatário em sua conta no Instagram.


Mais cedo, o Ministério Público informou através da rede social X, que apresentou acusações contra dois funcionários de presídio “que estariam envolvidos na fuga” do chefe criminoso Adolfo Macías, conhecido como Fito. A medida decidida por 60 dias faculta a Noboa, que assumiu a presidência em novembro passado, por um ano e meio, ao ser eleito em uma votação antecipada, a mobilizar os militares às ruas e sua entrada nos presídios, em alusão a uma “grave comoção interna” na Nação, assim como a suspender os direitos civis. Ele também ordenou um toque de recolher de seis horas entre as 23h e as 05h locais (de 01h às 07h em Brasília).

Fito é considerado líder de Los Choneros, quadrilha mais temida do Equador, que disputa de forma violenta as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos com ligações com cartéis do México e da Colômbia. O homem desapareceu no domingo de um presídio de Guayaquil, onde cumpria sentenças por 34 anos.

O secretário de Comunicações do governo, Roberto Izurieta, afirmou nesta segunda-feira ao canal Teleamazonas que “o mais provável” é que houve “vazamentos” na prisão sobre uma operação iminente de segurança e que Fito fugiu “horas antes”. Noboa acrescentou que seu governo “empreendeu ações” que “permitam recuperar o controle” das prisões, transformadas em centros de operação de organizações do narcotráfico.