O presidente do Movimento Empreender Piauí (MOVE), Arthur Feitosa, esteve presente na rádio Cidade Verde FM em longa entrevista para analisar os primeiros meses do Governo Rafael Fonteles. Para ele, a expectativa da classe empresarial é positiva, uma vez que Rafael Fonteles é oriundo e tem experiência no setor privado.
Antes de ser eleito governador do Piauí, Rafael Fonteles atuava ativamente no setor privado como empresário e ainda foi Secretário da Fazenda por 8 anos. Ainda segundo o presidente do MOVE, neste primeiro semestre, o esperado é que o governador comece a organizar as suas ações para, então, agir e começar a mostrar os resultados prometidos em campanha aguardados com ansiedade por todos. Aponta ainda Rafael Fonteles montou uma equipe técnica com nomes surpreendentemente bons.
O dirigente também ressaltou a necessidade do PIB do Piauí avançar mais rapidamente e que o setor produtivo do Estado está pronto para contribuir. Segundo dados do IBGE e do Governo do Estado, o PIB do Piauí só representa 0,7% do PIB brasileiro. Atualmente, o PIB do Piauí representa mais de 56 bilhões de reais. Desse valor, o agronegócio, exclusivamente por iniciativa do empresariado do agro setor, conseguiu avançar praticamente do zero vinte anos atrás para algo em torno de 10% do PIB do Piauí.
Outro detalhe importante é com relação à indústria que anteriormente já representou 22% do PIB e hoje não passa de 12%. Na atualidade, o comércio é o setor com maior participação na conformação do PIB estadual, representando cerca de 14%. Porém, é o Governo do Estado e Federal que aparecem juntos com cerca de 63% da formação do PIB do Piauí. Esse último dado leva em consideração a arrecadação do estado com impostos e os aportes constitucionais do governo federal, como Bolsa família, aposentadorias do INSS, Fundeb, educação, fundos para segurança, etc.
Em sua opinião, essa dependência do Estado na construção da economia do Piauí é muito ruim e sugere que o Estado por si só não consegue suportar eternamente. É a perpetuação da pobreza. Portanto, a colaboração entre o setor privado e público é fundamental para que a economia avance mais rapidamente oferecendo mais oportunidades de bem-estar social para sua população.
Toda vez que o empresário abre uma nova fábrica ou uma nova loja ele cria oportunidades de trabalho, ele contribui com novos impostos e amplia a capacidade de arrecadação do estado. Queremos que o governo faça a parte dele, cuidando do que é essencial, para seguirmos juntos no avanço da economia do Piauí”, enfatiza o empresário.
Arthur Feitosa destacou ainda que o setor enfrenta adversidades que impedem a celeridade que desejamos para desenvolver no Piauí. Burocracia em excesso atrasam na criação e construção de empresas. Os serviços cartorários estão trabalhando com uma plataforma ultrapassada. É um serviço caro e muito demorado. Por fim, o presidente do movimento discutiu sobre a necessidade de investimento no turismo, dando como exemplo o aproveitamento dos nossos rios para a promoção de esportes náuticos.