A notícia caiu como uma bomba. Segundo Elena Landau, coordenadora do programa econômico da candidatura de Simone Tebet à Presidência, em 2022, e ex-diretora do BNDES no governo FHC, a escolha de Marcio Pochmann para presidir o IBGE é um “dia de luto para a estatística brasileira”.
Elena Landau criticou a indicação de Pochmann, membro do PT considerado por alguns como um “terraplanista econômico”. Ela afirmou que ele não possui conhecimento em estatística e não está preparado para assumir a presidência do IBGE. Para Landau, “essa nomeação não está alinhada com a equipe econômica do Ministério do Planejamento e é puramente uma posição partidária”.
A economista também expressou preocupação de que o novo presidente do IBGE “possa comprometer as pesquisas no Brasil”, fazendo referência ao caso da Argentina, onde o órgão equivalente, o Indec, perdeu credibilidade devido à manipulação dos índices de inflação durante os governos kirchneristas.
Além disso, Landau ressaltou que o período de Pochmann como presidente do Ipea, entre 2007 e 2011, foi considerado “desastroso”. Ela destacou que ele “demitiu técnicos qualificados e interferiu nas pesquisas por motivações puramente ideológicas, o que levanta preocupações sobre possíveis interferências no IBGE”.
Mas a indicação de Marcio Pochmann para o IBGE representa muito mais que uma ameaça a estatística brasileira e ao próprio IBGE. O que o planalto fez foi passar com um trator por cima da autonomia e autoridade de Simone Tebet no ministério do Planejamento. A indicação e o anúncio de Pochmann foi feito a revelia da titular da pasta a que o IBGE é subordinado, um total desprestígio da ministra.
A ser questionada sobe a indicação Tebet disse: “Agora eu sei o nome dele e terei o maior prazer em atender ao presidente Lula”.
Deu pra sentir o cheiro de fritura no ar.