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Publicado em: 19 fevereiro 2024 às 17:29 | Atualizado em: 19 fevereiro 2024 às 17:30

EDITORIAL: O antissemitismo de Lula envergonha o Brasil e o povo brasileiro

Presidente Lula e primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu – Foto: Reprodução

A resposta no Brasil à infeliz declaração do presidente Lula, que comparou a guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza, ao Holocausto nazista, foi imediata e teve uma grande repercussão na mídia nacional. Políticos, analistas e instituições expressaram de forma veemente sua desaprovação ao conteúdo do discurso de Lula durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, neste domingo, 18.

Lula afirmou textualmente: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Essa não foi a primeira atitude antissemita de Lula. Durante seu segundo mandato, em uma viagem a Israel, ele cancelou uma visita que faria ao túmulo de Theodor Herzl, o criador do sionismo. O sionismo foi uma resposta às ações do jornalista húngaro Theodor Herzl, que desempenhou um papel fundamental no estabelecimento de uma organização internacional para promover a ideia de um Estado Nacional para os judeus na Palestina.

A oposição e a frente parlamentar Brasil-Israel reagiram às declarações do presidente Lula da Silva (PT), comparando a ofensiva militar na Faixa de Gaza à perseguição dos judeus pelo nazismo.

Um comunicado oficial do Grupo Parlamentar Brasil-Israel condenou e considerou “tendenciosas e desonestas” as declarações do presidente. “É preocupante e lamentável que o presidente Lula, ao falar sobre a guerra em Gaza, diminua a posição do Brasil no mundo da diplomacia dia após dia”, acrescentou. A nota foi assinada pelo senador Carlos Viana (Podemos/MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel.

O líder do PP no Senado, Ciro Nogueira (PI), ex-chefe da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro (PL), classificou o conteúdo das afirmações de Lula como “vergonhoso”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, afirmou que Lula agiu como o “antissemita mais virulento” e que o presidente petista deveria “ter vergonha de si mesmo”.

“Hoje, o presidente do Brasil, ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização genocida e terrorista, ao Holocausto, o presidente Silva desonrou a memória de seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e demonizou o Estado Judeu de forma violenta e antissemita. Ele deveria se envergonhar”, declarou Netanyahu.

Ao que parece, apenas o grupo terrorista Hamas aplaudiu e celebrou as declarações de Lula. No mesmo domingo, em nota, o Movimento Resistência Islâmica – Hamas, agradeceu a Lula “por descrever a situação do povo palestino na Faixa de Gaza como um Holocausto”. A nota também faz um apelo à Corte Internacional de Justiça para considerar a declaração do presidente brasileiro.

Lula apenas evidenciou o que já vinha fazendo desde o ataque terrorista a Israel em 7 de outubro de 2023. Como o líder da maior nação cristã do Ocidente pode apoiar abertamente um grupo terrorista que persegue cristãos, assassina minorias, como homossexuais, oprime mulheres e usa idosos e crianças como escudos humanos?

Ninguém em sã consciência consegue entender como alguém que se autodenomina um defensor incondicional da democracia e do Estado Democrático de Direito pode se aliar e defender ditadores e terroristas ao redor do mundo. O presidente Luís Inácio Lula da Silva esquece que o sobrenome “Silva” está diretamente associado ao povo judeu. Quando foi forçado a mudar de nome diante da perseguição da “Santa Inquisição” imposta pela Igreja Católica, “Silva” foi um dos nomes mais adotados pelos cristãos-novos (judeus) em Portugal.

Diante de tantos absurdos, mentiras e declarações ultrajantes do presidente do Brasil, nós, como sociedade civil organizada, cientes de nosso papel e de nossa obrigação em defender a Nação Brasileira e o Estado Democrático de Direito, não podemos nos omitir neste momento. O silêncio e a inação diante de tantas agressões à democracia e a nações amigas como Israel são uma forma covarde de conivência e aceitação.

Portanto, nós, que fazemos parte do Sistema Move de Comunicação, expressamos nossa repulsa e indignação contra qualquer forma de antissemitismo e louvor a grupos terroristas que ameaçam e assombram o mundo civilizado.