Por Douglas Ferreira
Como previamente reportado pelo portal Move Notícias, a Força-tarefa encarregada de localizar os dois fugitivos da penitenciária de segurança máxima de Mossoró será mesmo desmobilizada a partir desta sexta-feira, 29 de março. A decisão de não renovar a presença da Força Nacional no Rio Grande do Norte já indicava o fim das operações de busca das forças de segurança. Essa desmobilização, portanto, marca uma vitória para os fugitivos, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, cujo paradeiro permanece desconhecido apesar dos esforços do Estado.
Esta fuga bem-sucedida representa um triunfo do crime organizado, especificamente do Comando Vermelho e do narcotráfico, sobre o poder do Estado Nacional. É uma dura realidade que demonstra a falta de preparo das autoridades brasileiras para enfrentar as grandes organizações criminosas do país. O fracasso em localizar e prender dois indivíduos famintos, desesperados, desarmados e desprovidos de conhecimento geográfico ou topográfico do município de Mossoró é emblemático da ineficácia das medidas de segurança.
Mesmo com a mobilização de mais de 600 homens das forças policiais, incluindo Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Polícia Penal Federal e Polícia Civil, além do uso de tecnologias de ponta como drones, helicópteros e cães farejadores, o resultado foi vergonhoso. Agora, com o retorno dos policiais às suas bases de origem, apenas uma pequena equipe permanecerá para conduzir as investigações sobre a fuga dos detentos, liderada pela Polícia Federal.
Quem cobre as buscas em Mossoró tem muitas perguntas sem respostas. Quanto custou a operação até agora? Por que a Força-tarefa fracassou? O que faltou para que os dois fugitivos fossem recapturados? Por que não há imagens da fuga interna no presídio? Por que o sistema de vigilância eletrônica não funcionou? A quem cabia a responsabilidade de manter o sistema de vigilância de câmeras funcional? As falhas que possibilitaram a fuga exitosa foram sanadas? E por fim: a Penitenciária Federal de Mossoró pode ser mesmo considerada de ‘segurança máxima’.
Apesar dos esforços das autoridades, a fuga de Deibson e Rogério continua sendo um desafio para a segurança pública do Rio Grande do Norte e do Brasil, além de destaca a necessidade de medidas mais eficazes para enfrentar o crime organizado no país.