Move Notícias

Publicado em: 17 maio 2024 às 18:38 | Atualizado em: 19 maio 2024 às 17:51

Desemprego sobe significativamente em oito Estados no primeiro trimestre, segundo IBGE

Por Douglas Ferreira

Estados com as maiores taxas de desemprego foram Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%) – Foto: Reprodução

A política econômica do governo federal enfrenta um desafio impressionante: o desemprego, que tem se mostrado uma preocupação crescente em diversas regiões do país. Os últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um aumento significativo da taxa de desocupação em pelo menos oito Estados brasileiros durante o primeiro trimestre de 2024, evidenciando um cenário desafiador que o governo tem lutado para equacionar.

No período mencionado, os Estados com as maiores taxas de desemprego foram Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%), contrastando com as menores taxas observadas em Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%). Mais uma vez os Estados das regiões Norte e Nordeste apresentam elevado número de desocupação da mão de obra.

No entanto, é importante ressaltar que, na comparação anual com o primeiro trimestre de 2023, nenhum Estado apresentou um aumento significativo na taxa de desemprego. Pelo contrário, nove locais registraram uma queda significativa nesse índice. Esses dados sugerem um padrão sazonal de aumento do desemprego no início de cada ano, embora ainda se mantenham indicadores mais favoráveis em relação ao mesmo período do ano anterior.

Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, explicou que esses movimentos são influenciados por fatores sazonais, como o aumento na procura por emprego no início de cada ano. No entanto, é notável que o desafio do desemprego persiste como uma das principais preocupações da gestão econômica, exigindo medidas eficazes para lidar com essa questão em todo o país.

O fechamento do segundo trimestre pode apresentar surpresas negativas, uma vez que grandes redes varegistas estão em processo de fechamento de 750 lojas e demissão em massa de pelo menos 35 mil trabalhadores em todo o país. Some-se a isso a tragédia climática que causou a destruição de grande parte de empresas, sobretudo, de parques industriais no Estado, os números a serem revelados no início de julho podem ser bastante desanimadores nos índices de desemprego no Brasil.