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Publicado em: 19 março 2024 às 13:14 | Atualizado em: 20 março 2024 às 07:47

Descoberta rara: Idosa de 81 anos carrega feto calcificado por mais de 5 décadas

Por Douglas Ferreira

A litopedia, conhecido como ‘bebê de pedra’ é muito raro – Foto: Reprodução

Acredite se quiser, mas o caso incomum e extremamente raro de ‘litopedia’ ocorreu na cidade de Ponta Porã, no Estado do Mato Grosso do Sul. Uma idosa de 81 anos descobriu que carregava um feto calcificado ao ser levada ao Hospital Regional de Ponta Porã com dores abdominais. Isso, conforme relatado pelo secretário de saúde da cidade, Patrick Derzi.

A equipe médica suspeita que o feto calcificado estivesse no abdômen da mulher há 56 anos, desde a última gestação, o que é considerado uma condição raríssima por especialistas. Infelizmente, a idosa, que era indígena e residia em um assentamento no município de Areal Moreira, faleceu logo após a cirurgia para remoção do feto.

A paciente foi admitida no Hospital Regional de Ponta Porã em 14 de março passado com uma infecção grave. Uma tomografia realizada no mesmo dia revelou a presença do feto calcificado no abdômen dela. Após a descoberta, a equipe de obstetrícia realizou a cirurgia para a remoção. Posteriormente, a paciente foi transferida para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas faleceu no dia seguinte.

O secretário de saúde de Ponta Porã explicou que o nome dessa condição é litopedia, que é um tipo raro de gravidez ectópica. Ele comentou que esse quadro clínico é resultado de uma gravidez abdominal não reconhecida, na qual o feto morre e se calcifica dentro do corpo da mãe ao longo do tempo. Essa condição, conhecida como “bebê de pedra”, pode permanecer indetectável por décadas e potencialmente causar complicações futuras.