Por Douglas Ferreira
O governo enfrenta um desajuste fiscal alarmante, evidenciado pelo déficit que revela uma gestão perdulária e gastos descontrolados. As consequências dessa falta de controle impõem um custo elevado para o país. Qual a origem desse déficit? Quem arca com essa conta? Quais os impactos na economia e na vida de cidadãos e empresas?
Entenda os detalhes: O Banco Central divulgou que o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 37,27 bilhões em novembro de 2023, representando o pior desempenho desde novembro de 2016, quando atingiu R$ 39,9 bilhões. Os dados abrangem governo central, Estados, municípios e estatais, excluindo grandes empresas e bancos públicos.
O resultado reflete um déficit de R$ 38,923 bilhões do governo central, um superávit de R$ 1,996 bilhão dos Estados e municípios, e um déficit de R$ 343 milhões das estatais. Em comparação a novembro de 2022, o déficit cresceu cerca de R$ 17 bilhões, destacando-se pelo aumento das despesas em relação às receitas no governo central e a diminuição das transferências regulares da União nos governos regionais.
No acumulado de 12 meses até novembro, o déficit atingiu R$ 131,364 bilhões, equivalente a 1,22% do PIB, um aumento em relação a outubro, que estava em 1,06% do PIB. No acumulado de 2023 até novembro, o governo registrou um déficit de R$ 119,551 bilhões, comparado a um superávit de R$ 137,807 bilhões no mesmo período de 2022.
A dívida bruta do governo geral atingiu R$ 7,973 trilhões em novembro, correspondendo a 73,8% do PIB, um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. O Banco Central destaca que essa variação é explicada principalmente pelo impacto positivo de 0,6 ponto percentual nos juros nominais e pelos impactos negativos de 0,1 ponto nos ajustes cambiais e de 0,5 ponto na variação nominal do PIB.