Por Douglas Ferreira
No período da quaresma, que este ano, vai da quarta-feira de cinzas, 14 de fevereiro, até a quinta-feira, 28 de março, é intensificado o consumo de pescado em todo o Brasil. Segundo a tradição cristã, Jesus passou 40 dias no deserto, jejuando e rezando, antes de iniciar o seu ministério público. Assim, a Quaresma é uma oportunidade para o povo cristão seguir o exemplo de Jesus e se preparar para a celebração da Páscoa.
E muitos cristãos levam isso a sério e o resultado é um incremento significativo na venda de peixes e frutos do mar em Teresina. Tanto nos supermercados, feirinhas e no tradicional Mercado do Peixe, o que não falta é opção para o consumidor.
“Na minha família temos o hábito de consumir bastante peixe nesse período. Aliás, a minha mãe não comia carne nos dias santos e costumava jejuar”, diz a aposentada Claudina Mousinho, de 72 anos.
O militar Francisco Cosmo diz que não segue a tradição católica, “mas compro o peixe para os seguem em casa”.
Hoje em Teresina encontra-se todos os tipos de pescados e frutos do mar. Produto fresco, seja dos criadouros da região ou vindo do litoral. Além, é claro, do pescado vindo de outros Estados como Maranhão e Pará.
O consumo em Teresina aumentou substancialmente após o carnaval. A empresária Gardênia Teixeira assegura que, “posso garantir que as vendas aumentaram em torno de 80% nesse período. E a tendência é crescer mais ainda com a aproximação da Semana Santa”.
O valor do pescado acompanha a o crescimento da demanda. Os preços dos peixes mais procurados foram majorados quase no mesmo percentual. O tambaqui, um dos mais populares e mais baratos está custando R$ 17,90 o quilograma. A tilápia subiu menos e o preço gira em torno de R$ 19,90, enquanto o tradicional branquinho, vendo de Belém do Pará, também é vendido a R$ 19,90 o quilo.
Outros peixes, mais nobres, também tiveram um reajuste menor. O piratinga, ou dourada, é comercializado a R$ 29,99. Já a famosa e deliciosa pescada amarela, peixe do mar, R$ é encontrada a R$ 47,99 o quilo.